Ravenna Nogueira - A deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta terça-feira (10), para reclamar do descaso com a saúde pública do Estado do Acre. Ela criticou a má gestão da saúde e citou diversos casos de má prestação de serviço.
Ela começou o seu discurso lamentando que por falta de segurança, a Fundação Hospitalar do Acre possa fechar as portas. “Em janeiro deste ano, a Fundação foi notificada, pelo Corpo de Bombeiros, sobre a necessidade de substituição dos extintores de incêndio que estavam vencidos desde 2014. No entanto, no dia 9 de abril, foi verificado que o Hospital possui uma grande carga de incêndio e material combustível inflamável. É uma negligência sem tamanho”.
Além disso, há a má prestação dos serviços de saúde para a população. “Não dão conta de substituir os extintores vencidos, imaginem como está a situação para os pacientes do hospital”.
Ela relatou que, segundo Vanderli Ferreira, presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados do Acre, o ambulatório da Nefrologia tem mofo, é pequeno e possui computadores que nem funcionam. “Um paciente transplantado não pode estar em local insalubre”.
Também faltam reagentes para o exame de hemograma e existe superlotação no setor. “O setor de nefrologia trabalha em 4 turnos e não dá conta da demanda. Alguns pacientes precisam ser atendidos na madrugada. É um absurdo!”.
Ela também apresentou casos de pessoas que aguardam há anos por cirurgias. “A Jocilene está esperando uma cirurgia de histerectomia total desde o ano passado. Ela tem cisto hemorrágico, mioma e endometriose. Só falta morrer de sangrar e não marcam a cirurgia. O esposo da Maria Aparecida está há 3 anos esperando para fazer uma cirurgia de hérnia umbilical e nunca é chamado”.
Segundo ela, falta até morfina na Fundação. “As pesssoas que precisam fazer cirurgia de estômago estão internadas há mais de mês esperando que sejam compradas morfinas que serão utilizadas no pós-cirurgico”.
Sinhasique lamenta o caos que encontra-se a saúde pública do Estado. “Nunca antes na história do Acre se viu tanto descaso com a saúde. Medidas simples e práticas na administração pública poderiam salvar vidas. Falta gerência e humanização”.
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