A oficialização ocorre após desentendimentos entre os principais líderes do grupo e a ameaça de o MDB
Gladson Cameli e Major Rocha/Foto: ContilNet
Fábio Pontes - Os principais partidos de oposição no Acre oficializaram na manhã desta sexta-feira (6) as candidaturas de Gladson Cameli (PP) ao governo do estado e de Márcio Bittar (MDB) e Sérgio Petecão (PSD) ao Senado.
A oficialização ocorre após desentendimentos entre os principais líderes do grupo e a ameaça de o MDB – legenda com uma das maiores fatias de tempo de TV e fundo eleitoral – ameaçar romper e bancar candidatura paralela.
Os emedebistas ameaçavam deixar o palanque de Gladson Cameli após serem rifados da indicação do vice. A solenidade aconteceu na sede do PSDB, partido do candidato a vice-governador na chapa de Gladson Cameli que levou a melhor na queda de braço, o deputado federal Wherles Rocha.
Outro entrave oposicionista estava na relação entre Rocha e Bittar nos tempos em que ambos disputavam espaço dentro do ninho tucano, o que levou o agora candidato ao Senado migrar para o MDB. Bittar ameaçava também não integrar a chapa do progressista.
Outro percalço continua sendo Tião Bocalom, que rompeu com o grupo após ser tirado da presidência do Democratas no Acre. Bocalom promete ser um dos principais apoiadores da candidatura do coronel Ulysses Araújo ao governo, o que pode tirar votos de Cameli. O militar quer garantir o palanque de Jair Bolsonaro (PSL) no Acre, surfando na popularidade da candidatura do parlamentar fluminense.
Questionado sobre estes episódios, Gladson Cameli afirmou que as arestas na oposição foram aparadas e de que, no depender dele, a oposição sairá com uma única candidatura.
Evento aconteceu na manhã desta sexta/Foto: reprodução
Sobre Bocalom, o senador disse que está disposto a reabrir os diálogos e não ter nada contra o ex-prefeito de Acrelândia. Para Gladson Cameli, muito mais do que desgastes, a queda de braço entre os líderes partidários fortaleceu o grupo. “Estamos de portas abertas para todos.”
O senador afirmou ser candidato não dele próprio ou de seu partido, mas de um pedido dos eleitores. O pré-candidato classificou as disputas por espaço dentro chapa majoritária como “mal-entendido”. “O PMDB é importante, é bem-vindo a nossa chapa , é um partido forte”, disse Cameli.
Faço votos que, em 2018, teremos a vitória da oposição no Acre. A derrocada petista, no indigitado estado, será uma vitória da democracia brasileira.
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