Rede multidisciplinar pretende fazer a articulação entre academia, indústria e governo para unir esforços em prol do desenvolvimento sustentável da Margem Equatorial Brasileira
O presidente da AEB, Carlos Moura, acompanhado da diretoria, assistiu à apresentação conduzida por um dos idealizadores do projeto, Allan Kardec Duailibe, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Estiveram presentes, ainda: Alberto Garcia Júnior, da Universidade Federal Fluminense (UFF); André Barreto, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali); Audálio Rebelo Júnior, da UFMA; Cleverson Silva, da UFF; João Luís Pizzorno, da Ecology Brasil; Andréia Loboe João Carlos Corrêa. Todos integrantes da rede de pesquisas.
De acordo com os pesquisadores, a Rede Amazônia Azul foi criada para fazer a interlocução entre a produção científica da academia com a indústria e as instituições governamentais. O intuito dessa cadeia é subsidiar decisões estratégicas para o desenvolvimento do setor energético atuante na bacia Pará-Maranhão (PAMA). A Rede surgiu a partir da divulgação do estudo escrito pelo professor Allan Kardec Duailibe, o geólogo Pedro Zalán e o professor Ronaldo Carmona, que revela o potencial petrolífero existente na PAMA, um possível “novo pré-sal”.
Composta por acadêmicos e cientistas de diversas áreas, a rede de pesquisa já mantém diálogo com órgãos federais, como a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Ministério da Defesa, o Ministério de Minas e Energia, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Ministério da Educação. Além de instituições ligadas à indústria, como a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) e a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA).
“A Rede de Pesquisa Amazônia Azul nasce porque há pouca discussão entre os setores sobre o desenvolvimento nacional, meio ambiente, soberania e interesses brasileiros. Então, a nossa ideia é que haja, entre essas diversas áreas, um diálogo baseado em ciência”, descreve o professor Allan Kardec.
Um dos intuitos principais da Rede é a propagação e o incentivo às pesquisas científicas sobre a Margem Equatorial. Segundo o professor Kardec, o principal desafio a ser enfrentado é a inserção da comunidade científica do Arco Norte (situada acima do paralelo 16) nos debates nacionais. Com a atuação da Rede Amazônia Azul, “espera-se que as competências daquela região sejam incluídas no cenário científico no país, unificando todos para que o Brasil tenha elementos para decidir suas políticas públicas”, explica o pesquisador.
Amazônia Azul
Essa rede remete à área conhecida como “Amazônia Azul”, compreendendo uma faixa marítima de aproximadamente 3 milhões e meio de km², que concentra uma rica biodiversidade e representa um potencial econômico estratégico para o Brasil. A região concentra as reservas oceânicas do pré-sal, de onde se retira cerca de 85% do petróleo, 75% do gás natural e 45% do pescado produzidos no país. Por ela escoam mais de 95% do comércio exterior brasileiro. Essa vastidão de tamanha importância estratégica fez com que a Marinha do Brasil assim a designasse: Amazônia Azul, em razão de sua área ser quase equivalente ao da Floresta Amazônica, que está presente em boa parte do nosso país.
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