Luís Ernesto Lacombe - Nem é preciso procurar… Para onde quer que se olhe, lá estão eles: contraventores, bicheiros, a máfia de caçar níqueis, tiranos, criminosos de todos os tipos, traficantes, milicianos, assassinos, assaltantes, sequestradores, golpistas, corruptos… São bandoleiros, estão nas ruas, nas vielas, nos becos, nas favelas. Estão nos salões enfeitados, nos bairros mais caros, nos condomínios de luxo, nos palácios, nos gabinetes, nos plenários do Legislativo, nos tribunais, da primeira à última instância. São um cancro, um câncer, são malignos, e se proliferam, e se protegem, e formam quadrilhas. Às vezes, têm desentendimentos, tornam-se inimigos. E matam-se uns aos outros. Eles não têm apreço por nada. Eles são eles, são egoístas, ambiciosos desvairados, não têm escrúpulos, executam as leis num paredão.
Os outros que se danem.
Podem fazer longa carreira no crime, até mesmo na polícia. Receber e pagar propina, fazer qualquer negócio, proteger bandidos, vazando para eles informações de investigações, manipulando, sabotando, abandonando inquéritos, plantando testemunhas, ignorando e forjando provas, ou sumindo com elas. Podem perseguir inocentes, cumprindo basicamente o mesmo expediente, resguardados por governantes, por gente forte na política e na Justiça… Policiais de verdade enxugam gelo, são caçados, e morrem. Mesmo caídos, são acusados de eliminar inocentes, na máquina de moer um país inteiro. E vem um ministro do Supremo, desses que liberam bandidos, dizer que “é hora de refundar as polícias, que estão mancomunadas com facções criminosas…” Que tal refundar a Justiça?
Não seremos condenados por esses desgraçados, soberbos, debochados, não permitiremos que escarneçam de nós. Há um povo que entenderá que fazer o bem é a síntese da verdadeira felicidade. Há um país a ressuscitar
Os magistrados têm suas próprias leis, e estão metidos em tudo. Não querem saber de limites, de se manifestar apenas nos autos. Falam sem parar, falam sobre qualquer assunto. Dão entrevistas desavergonhadas, indicando como vão votar em julgamentos. Fazem palestras mundo afora, participam de encontros políticos, regurgitam militância, aos berros. Enviam recados, ameaçam quem se opõe às suas decisões, quem os critica. Apoiam apadrinhados, escritórios de advocacia de parentes, cancelam multas bilionárias, anulam condenações, libertam traficantes. Inventam inquéritos intermináveis, mandam prender, mandam soltar. Arquivam ou deixam prescrever processos. Nesse inferno, não podia ser de outro jeito: o fogo é alimentado com ilegalidades, abusos, arbítrios, omissão… E também com gasolina, que a OAB, todo dia, despeja.
A quadrilha é do tamanho do Brasil. Tem uma enorme quantidade de políticos em roupas bem cortadas, que agitam seus relógios caríssimos, que acendem charutos cubanos, que têm muito dinheiro em malas, mochilas, cofres, paredes, cuecas, em contas no exterior. Enriqueceram rapidamente, na bandidagem ampla, geral e irrestrita. Pense num crime, e o encontrará. Os mais comuns: chantagem, extorsão, corrupção, desvio de verbas públicas, fraudes em licitações, venda de apoio, de votos, abuso de poder político, de poder financeiro, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal. São criminosos do assistencialismo, das indicações delinquentes para cargos nos governos, são devotos do cabide de empregos. Eles também não têm limites, podem fazer grilagem, comandar milícias, adulterar combustíveis, roubar veículos, podem ameaçar, agredir, mandar matar.
Seus eleitores podem ser enganados, podem não se informar corretamente, ou podem ser cúmplices conscientes, esperando uma migalha, um favor, uma boquinha, um quinhão da roubalheira. E é preciso reagir aos transgressores, aos fora da lei, aos culpados, aos que não têm fé. Todos nós sofremos, somos crucificados, mas não podemos aceitar tanta mácula, a morte eterna, o inferno. É preciso ter olhos para ver, buscar a verdade, aceitar o amor real, permitir-se ser tocado. O Brasil está enredado por criminosos da pior espécie, por malfeitores, por mentirosos. O que provocam são angústias, dores, tormento, sofrimento, miséria, escuridão, blasfêmia, dilaceração. Não seremos condenados por esses desgraçados, soberbos, debochados, não permitiremos que escarneçam de nós. Há um povo que entenderá que fazer o bem é a síntese da verdadeira felicidade. Há um país a ressuscitar, e isso depende dos puros, e isso depende dos bons, de todo o nosso empenho, de todas as nossas forças.
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