21 de mai. de 2024

Dengue: Brasil ultrapassa 5 milhões de casos e bate novo recorde

Mais de 2 mil mortes por dengue foram registradas no país neste ano, segundo informações do Ministério da Saúde

     Bloomberg Creative Photos/ Getty Images

     Aedes aegypti, também conhecido como mosquito da dengue - Metrópoles

Giovanna Estrela - Os números da dengue não param de crescer. O Brasil alcançou, nesta segunda-feira (20/5), a marca de 5.100.766 de casos prováveis de dengue em 2024. A informação consta na mais recente atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses, abastecido com base em dados do Ministério da Saúde.

No total, são 2.827 mortos pela doença. Esta é a maior quantidade de óbitos confirmados desde o início da série histórica no país, em 2000. O número supera, inclusive, o recorde registrado em todo o ano de 2023 (1.094 mortes).

Em relação ao número de casos, 2024 (5.100.766) já supera os dois anos que haviam registrado maior quantidade de infectados, até então: 2015, com 1.688.688 diagnósticos, e 2023, com 1.641.278.

São Paulo lidera o ranking de número de casos graves da doença (13.120), seguido por Minas Gerais (9.228) e Paraná (8.339).

Segundo o Ministério da Saúde, o alto volume de casos registrado neste ano tem relação com fatores como as mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo do vírus.


Como combater a proliferação

O Ministério da Saúde estima que cerca de 75% dos focos de dengue estejam nos domicílios. Confira algumas instruções da pasta para diminuir a proliferação:


mantenha a caixa-d’água bem fechada;

receba bem os agentes da saúde e os de endemias;

amarre bem os sacos de lixo;

coloque areia nos vasos de planta;

guarde pneus em locais cobertos;

limpe bem as calhas de casa; e

não acumule sucata e entulho.

Atualmente, todos os quatro sorotipos da doença circulam no país, o que é uma situação considerada “incomum” pela secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.


Sintomas

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;

dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal e pode se estender para os olhos;

dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;

manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;

fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.


Tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;

uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;

repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;

acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;

evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (Aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, motino pelo qual é contraindicado na dengue.

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