Valterlucio Campelo - Enquanto a esquerda brasileira que não foi ao Rio de Janeiro grudava na TV para assistir ao show pornô-satânico da idosa degenerada, no Rio Grande do Sul se tornava mais aguda a tragédia das inundações. Durante a última semana ocorreu nas bacias hidrográficas da serra gaúcha uma das maiores catástrofes de origem climática já registradas no Brasil. Centenas de cidades foram completamente tomadas pelas águas dos tributários do Rio Guaíba que corta a capital, Porto Alegre, causando danos ainda mais elevados. Os prejuízos são verdadeiramente imensuráveis.
Também imensurável é o despreparo do governo brasileiro para reagir a eventos dessa natureza e dimensão. O governo federal é o retrato do descaso e da hipocrisia. As declarações chistosas do Lula, inicialmente voltadas para os torcedores do Grêmio e do Internacional, demonstram o nível de afastamento emocional que o presidente tem em relação aos gaúchos, possivelmente porque lá obteve uma derrota nas últimas eleições. A vingança é o prato diário do Lula. Neste domingo, levou uma corriola de ministros para fazer uma foto e prometer ilusões e, de quebra, propor aliviar a legislação para as despesas – a corrupção agradece.
Os recursos prometidos pelo presidente, se chegarem (os do ano passado ainda não), são ínfimos perante as necessidades. A operação imediata dos órgãos federais é pífia, praticamente ridícula. A rigor, podemos dizer que os gaúchos estão se virando.
Neste sábado, conversei longamente com um sobrinho médico que mora na região atingida. A síntese de todo o “relatório” é que os gaúchos perderam as esperanças no governo federal e resolveram irmanarem-se e superar, por si mesmos, as imensas dificuldades. Empresários de pequeno e grande porte como Luciano Hang (HAVAN) estão dispensando todos os recursos possíveis em socorro à população. Os governos de São Paulo, de Santa Catarina, do Paraná e de outros estados se prontificaram a ajudar. O governador Eduardo Leite, por sua vez, correu para mudar a foto no seu perfil de Instagram e aparecer com modelito de defesa civil – nada como aparecer bem na foto.
Até este domingo já foram contabilizadas mais de setenta mortes e 500 mil desabrigados. Cidades, pontes, estradas, pequenas propriedades, granjas, gado e plantações foram engolidos pelas águas. A safra de arroz dá-se como frustrada ameaçando o abastecimento para os próximos meses e gerando aumento de preços. Soja, trigo, uva, leite e outros produtos serão gravemente afetados. O Rio Grande não estava preparado para uma tragédia tão grave, mas, reconheçamos, NENHUM lugar do Brasil está OK para eventos dessa magnitude.
Situações como essa revelam que o Brasil não se antecipa, não se prepara, não se protege contra catástrofes naturais. Talvez porque não tenhamos grandes terremotos e erupções de vulcões, nos damos por abençoados pela natureza e deixamos “correr frouxo”. Somos descansados, a tragédia de hoje será esquecida amanhã e as promessas terão sido em vão. Nem sequer cobramos nossas autoridades que sempre se apressam a sair no noticiário ao lado das vítimas. Todos os anos é assim e eles – os políticos, contam com isso.
Vejamos o caso do Acre, quase anualmente atingido pelas enchentes. Depois de 2 meses das inundações em Brasiléia (lugar mais afetado), o que foi feito para prevenir a de 2025? E em Rio branco? Posso dizer NADA? Onde estão os ministros e seus técnicos que vieram por cá sobrevoar as cidades, fazer fotos e dar declarações apiedadas? Onde está Marina Silva, ministra do meio ambiente, requerente da governança ambiental e territorial brasileira, com aspirações globais?
Eu mesmo respondo. Nossa ministra, que tem a governança sobre tudo isso e muito mais, está sempre em algum convescote de premiação mútua entre ambientalistas, em algum seminário circular (aquele que gira sem sair do lugar), em alguma reunião distribuindo grana nossa para as ONG’s globalistas ou, pasmem, dando a cara para endossar a cultura woke. A evangélica farisaica, que põe a cara num show pornográfico digno de Sodoma e ainda agradece por isso, só tem olhos para o espelho que amplia sua vaidade extrema.
Quais projetos foram sequer apresentados pelo Ministério da Marina para que as cidades do Acre não sejam inundadas ou para que, ocorrendo, o evento não cause tantos danos aos acreanos? Quanto dos poucos dinheiros prometidos foram efetivamente liberados? Que plano de prevenção às inundações no Acre foi sequer anunciado pela ministra woke? Ninguém sabe, ninguém viu.
Embora patine em torno de si mesma com palavrório de DCE e trocadilhos adolescentes, a ministra que, por causa disso mesmo, figura entre as 100 pessoas mais importantes do mundo (90% delas rezam na cartilha globalista) segundo uma das revistas que ranqueiam celebridades, jamais assume responsabilidades. No Rio Grande do Sul, ela nos premiou com mais um contorcionismo hermenêutico indecente para culpar (surpresa!) Jair Bolsonaro pelas inundações, usando a tragédia humana e material dos gaúchos para fazer um proselitismo político sórdido, digno da lama que corre pelo Rio das Antas. A esquerda nunca perde a oportunidade de terceirizar fracassos e eximir-se da própria incúria.
Certamente a celebridade acreana não terá olhos para esta coluna despretensiosa, mas, mesmo assim, depois de ver sua face ornamentando o espetáculo ao mesmo tempo, satânico e pornográfico realizado em Copacabana com dinheiro público, que o prefeito Eduardo Paes, como se fosse dono de prostíbulo, chamou de investimento, atrevo-me a dar-lhe uma dica: Senhora ministra, desvie seus olhos da fama perniciosa, solte a mão da Madonna e de seus adeptos, abra a Bíblia esquecida em algum lugar e volte suas vistas para Deus.
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