A "Vitoria de Pirro" investiga o pagamento de propina para impedir Ricardo Pessoa, da UTC, de depor em CPI da Petrobras. Parlamentar recebeu R$ 5 milhões em doação eleitora, segundo delatores
Monique Renne/CB/D.A Press
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Segundo o diretor financeiro da UTC Engenharia, Walmir Pinheiro, em troca da não-convocação do dono da empreiteira, Ricardo Pessoa, na CPI, foram feitas doações eleitorais oficiais de R$ 5 milhões a políticos do Distrito Federal em 2014 a pedido de Gim. Desse valor, R$ 1 milhão foi para o PR, que concorria ao governo de Brasília com José Roberto Arruda e Jofran Frejat. O DEM obteve R$ 1,7 milhão, segundo Pinheiro, que fechou acordo de delação premiada. O PMN e o PRTB ficaram com R$ 1,15 milhão cada.
A informação foi confirmada por Ricardo Pessoa em sua delação. Em outra colaboração premiada, o senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS) disse que Gim integrava grupo de quatro parlamentares que jantava às segundas-feiras em Brasília para evitar que os empreiteiros Léo Pinheiro, da OAS, e Pessoa, além do lobista Júlio Camargo “fossem convocados para depor na CPI”.
Alto custo
O nome da operação, Vitoria de Pirro, é uma alusão à expressão histórica que representa uma vitória obtida mediante alto custo, popularmente adotada para vitórias consideradas inúteis. Os crimes investigados nesta fase são de concussão, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Os presos serão encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Os que forem conduzidos para depoimentos serão ouvidos nas respectivas cidades onde forem localizados.
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