27 de nov. de 2020

EUA E Israel Se Preparam Para Possível Ataque Contra O Irã

 

Felipe Moretti - As tensões no oriente-médio estão tomando proporções perigosas muito rapidamente, toda a fronteira ao norte e ao extremo nordeste de Israel está ameaçada pelas incursões de grupos terroristas que promovem o tráfico de armamentos e de produtos ilícitos de toda a região.

Há muitos relatos de fundições de guerrilhas e túneis fabricados pelos libaneses pertencentes ao Hezbollah, um grupo islâmico financiado pelo Irã e que guerreia fortemente na Síria após a eclosão da guerra civil de 2011, o maior problema está em torno do movimento organizado de operacionalizar todas as entidades paramilitares libanesas, sírias e algumas palestinas para derrubar o Estado Judaico.

A grande escalada de conflito não se restringe apenas a Israel, mas os Estado Unidos da América. Em resposta às ultimas ofensivas bélicas iranianas contra estruturas econômicas e estratégicas de aliados árabes no Golfo Pérsico e contra as próprias propriedades militares americanas destruídas, o Comando de Operações Especiais dos EUA conduziu uma devassa mortal contra um comboio iraniano nos arredores do aeroporto internacional do Iraque, o desfecho foi a morte do líder da Força Quds, Qassem Soleimani, e de outras autoridades importantes do Irã.

Tais ações resultaram em retaliação por parte Ali Khamenei contra alvos americanos na Zona Verde onde está localizada a base militar e a embaixada americana em Bagdá.

Diante desta crise, Donald Trump aumentou as imposições penais econômicas contra os persas que foram ainda mais sufocados, e Khamenei sentiu a grave sanção atingir seu programa nuclear e a estabilidade social com a crise instaurada.

O tempo passou, Khamenei continuou relutante em abrir uma linha de negociação com Trump, talvez esteja aguardando o possível novo presidente assumir o Executivo Americano para tomar iniciativa, um erro que custará seu pescoço.

No dia 18 de novembro, Israel atingiu alvos iranianos e sírios na Síria através de caças da Força de Defesa Israelense (IDF) em resposta a artefatos explosivos improvisados (IEDs) encontrados na fronteira nordeste. Os alvos militares atingidos eram pertencentes à Força Quds iraniana e ao exército sírio, e alguns depósitos, postos de comandos e baterias de mísseis terra-ar foram aniquilados.

Os ataques atingiram oito alvos das Colinas de Golã até Damasco, incluindo um complexo militar iraniano perto do Aeroporto Internacional, um quartel militar secreto que atuava como um complexo habitacional para altos oficiais iranianos, bem como delegações visitantes.

As incursões israelenses sustaram o avanço iraniano que opera manipulando as forças de Bashar Al-assad, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques seguem o plano de impedir o avanço do poder de Khamenei na Síria e barrar a sua tentativa de ataque a partir do território sírio.

Com base em todos os ocorridos, a grande articulação de Trump em unir nações árabes em aliança de paz com Israel construiu uma base consistente para envolver o Irã. Os EUA forneceram dispositivos bélicos de bilhões de dólares de acordo com a Política de Venda Estrangeira de produtos militares a nações amigas, todo o Golfo Pérsico cresceu, e ao passo que a grande nação judaica do Mediterrâneo firmou uma nova ponte de amizade com os árabes, Khamenei e Hassan Rohani sentiram seu poder realmente ameaçado.

As agências de inteligência norte-americana, israelense e árabes do golfo emitiram importantes relatórios aos jornais locais e ocidentais do trabalho que está sendo elaborado nas principais instalações de enriquecimento de urânio persa que chegou a 4,5% de pureza, entre elas a Usina de Natanz.

Todas essas questões levaram a cabo um grande debate na semana passada na Administração Trump, na qual levantou a possibilidade de atacar a instalação de enriquecimento durante uma reunião com o alto escalão da defesa.

A principal motivação veio do resultado do relatório da Agência Internacional de Energia Atômica sobre os estoques crescentes de urânio do Irã, mas altos funcionários, incluindo o vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado Mike Pompeo, alertaram sobre os riscos de escalada regional, foi o que divulgou as autoridades presentes.

Apesar das tensões estarem altas, não houve qualquer ataque ou mobilização visível e preocupante pelas forças americanas, entretanto, o ministro da defesa israelense, Benny Gantz, conversou intimamente nas últimas duas semanas com o secretário de defesa interino, Christopher Miller, e as pautas foram Irã, Síria e a cooperação de defesa, um dos motivos da pronta mobilização das Forças de Defesa Israelense em todo o território judeu.

Certamente, todas as opções americanas estão na mesa, isso inclui a cooperação de defesa com Israel, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, evidenciado pelo encontro entre Netanyahu e o príncipe herdeiro da Arábia, Mohammed Bin Salman.

Na última semana, para mostrar força dissuasiva e a importância da visita de Pompeo a Israel, o Comando Central Americano, responsável por todo o Oriente-médio, coordenou uma mega operação estratégica com seus bombardeiros nucleares B-52 durante uma missão de curto prazo e longo alcance no Oriente Médio para deter a agressão e tranquilizar os parceiros e aliados dos EUA, um belo ato de afronta a Khamenei.

Para realizar um ataque estratégico em infraestruturas nucleares e centrais persas, como aeroportos, depósitos de armamentos, usinas de enriquecimento de urânio e bases de comunicação e de comando, não deve haver resquício de imprecisão, não há margem para erros, como no caso do Iraque em 2003, pois a ofensiva deve ser certeira, quebrar a coluna central iraniana e não deixar brechas ao reaparelhamento das forças armadas através de ações que silenciem qualquer tentativa de auxílio externo aos iranianos.

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