E isso lhe rendeu uma economia de centenas de milhões.
A insatisfação da Ambev não é descabida. O futebol da Globo encolheu 22% nos últimos dez anos, mas o valor do patrocínio continuou aumentando. Nem quando perdeu a Libertadores, os jogos da seleção nas Eliminatórias e dividiu o Brasileirão, a TV carioca recuou.
Por isso, a cúpula da Ambev, de olho nos lucros futebolísticos, resolveu tomar uma atitude drástica: não utilizar mais a emissora como intermediária entre a empresa e os torcedores.
Mas, como ela faria isso? Fechando contratos com os times mais populares do Brasil.
Flamengo e Corinthians foram os primeiros alvos: assinaram campanhas com os sócio-torcedores e levaram não só bebidas alcóolicas, mas também copos, baldes, calderetas.
Mas, não ficou por aí. O acordo é benéfico para ambos os lados. A Ambev, por exemplo, tem o direito de distribuir cerveja, refrigerante, chá e água, com exclusividade, na Neo Química Arena, estádio do Corinthians e no Parque São Jorge.
O contrato é tão bom que os torcedores dos times ainda poderão aproveitar promoções exclusivas da Ambev, comprando no site.
Agora, que a fabricante de bebidas percebeu que o investimento é menor e o lucro mais alto, ninguém a segura mais. Ela já voltou sua atenção para Fluminense e Botafogo que, seguindo os passos dos concorrentes, fecharam acordo.
Ganham com isso todos: a Ambev, os clubes de futebol e os torcedores. À exceção da Globo, que amarga um dos piores anos de toda a sua história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.