23 de dez. de 2020

VÍDEO: Bombardeiros chineses e russos patrulham conjuntamente o Mar do Japão

Coreia do Sul e Japão enviaram seus jatos para monitorar os bombardeiros

Fernando Valduga - Dois bombardeiros estratégicos russos e quatro chineses conduziram no dia 22 de dezembro patrulhas conjuntas sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental, disse o Ministério da Defesa russo.

“Um grupo aéreo composto por dois bombardeiros estratégicos Tu-95MS das Forças Aeroespaciais Russas e quatro bombardeiros estratégicos Xian H-6K da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF) realizaram patrulhas aéreas sobre as águas dos mares do Japão e da China Oriental”, disse o Ministério da Defesa russo em um comunicado. Caças russos Su-35S escoltaram os bombardeiros durante o voo.

A Coreia do Sul enviou seus caças na terça-feira para alertar os aviões de guerra chineses e russos que entraram em sua zona de identificação de defesa aérea (ADIZ). Mas os aviões de guerra não voaram para o espaço aéreo territorial da Coreia do Sul, disse o Ministério de Defesa sul coreano.

“Durante o cumprimento das missões, as aeronaves de ambos os países agiram estritamente de acordo com as disposições do direito internacional. Violações do espaço aéreo de países estrangeiros não foram permitidas”, disse o Ministério da Defesa russo.

Os militares russos anunciaram que esta é a segunda patrulha conjunta de aeronaves de aviação de longo alcance da Federação Russa e da China na região da Ásia-Pacífico. A patrulha conjunta anterior ocorreu em 23 de julho de 2019.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) disse que quatro aeronaves militares chinesas voaram pela manhã perto de Leodo, uma rocha submersa ao sul da península que contém uma estação de pesquisa meteorológica e tem sido objeto de uma disputa territorial. Dois deles saíram da zona pelo Mar do Leste entre a Coreia do Sul e o Japão.

Mais tarde, 15 aviões militares russos voaram do norte e sobre o Mar do Leste. Eles voaram de um lado para o outro na zona sobre o Mar do Leste antes de seguir para o nordeste, de acordo com o JCS.

O JCS disse que a China e a Rússia podem estar realizando exercícios conjuntos, acrescentando que Pequim havia informado Seul com antecedência sobre os exercícios.

O Ministério da Defesa japonês emitiu sua própria declaração sobre a missão de bombardeiro sino-russa, dizendo que enviou seus caças não especificados para interceptar os bombardeiros.

O comunicado oficial à imprensa mencionava apenas os dois Tu-95s russos e os quatro H-6s chineses. Além das fotos dos bombardeiros, também foi incluído um mapa (abaixo) que mostrava as rotas de voo dessas aeronaves, indicando que um par de H-6s efetivamente substituiu outro par na metade do caminho.

Como apontou o Ministério da Defesa da Rússia, “a medida foi conduzida como parte da implementação das disposições do plano de cooperação militar para 2020 e não se destina a terceiros países”.

As patrulhas aéreas são realizadas para aprofundar e desenvolver as relações russo-chinesas, elevar o nível de interação entre as forças armadas de ambos os países e melhorar sua capacidade de conduzir medidas conjuntas e fortalecer a estabilidade estratégica global, explicou o ministério.

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