Após desabar a aos 63 mil pontos no pior momento da crise do coronavírus, Ibovespa já saltou mais de 85% e atualmente flerta com os 119 mil pontos
Diego Padgurschi/Folhapress
No pior momento da crise, em março, o Ibovespa desabou aos 63 mil pontos. Desde então, o principal índice do mercado acionário brasileiro já saltou mais de 85%, recuperou o nível do início do ano e fechou a semana acima dos 118 mil pontos.
Na sexta-feira (18), o índice recuou 0,32% e fechou o dia aos 118.023,67 pontos, após encostar no recorde de 119.593,10 ao longo da sessão. Na semana, o índice reverteu as perdas do ano e agora tem ganhos de 2% no acumulado de 2020.
Para os especialistas ouvidos pelo R7 Economize, o investidor que vem apostando no mercado de ações pode respirar aliviado e esperar um bom rendimento nos papeis que comprou. "O Ibovespa está se beneficiando de um movimento global em que os investidores estão olhando já para 2021", avalia Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos.
O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, avalia que o Ibovespa provavelmente terá novas máximas nos próximos meses. "Todos os setores devem andar bem. Os que prometem a performar melhor são os de commodities e bancos, por conta do exterior e as empresas dos setores que se beneficiam com a reabertura da economia", explica ele.
Na avaliação de Pedro Paulo, as movimentações serão guiadas pela recuperação da economia global e dos países emergentes, dos preços das commodities, das reformas estruturais no Brasil e o ajuste do rombo das contas públicas.
Villegas cita ainda o retorno do investimento estrangeiro como fator determinante para a manutenção da sequência positiva do Ibovespa. Em novembro, a B3 recebeu mais de R$ 33 bilhões de estrangeiros. O valor é o melhor da história mensal do mercado brasileiro desde 1995.
"Podemos chegar à conclusão de que, pela primeira vez no ano, conseguimos ver o fluxo de investimento estrangeiro positivo na bolsa brasileira", destaca o estrategista, que recomenda cautela para as oscilações do indíce e a redução dos volumes de negócio nos últimos dias de dezembro.
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