O novo equipamento será importante para ações de combate ao desmatamento e crimes ambientais
A Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) esteve presente na cerimônia realizada nesta quinta-feira, 22 de julho, pelo Ministério da Defesa, para a inauguração de uma Antena de Recepção Multissatelital. O novo equipamento, localizado em Formosa/GO (cerca de 90km de Brasília), vai melhorar a infraestrutura espacial do Brasil, juntando meios de defesa que também podem ser aplicados na proteção ambiental e em diversas outras demandas nacionais. O evento contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, do vice, Hamilton Mourão, e do ministro da Defesa, Braga Neto. A AEB esteve representada pelo diretor de Gestão de Portfólio, Paulo Barros. “A antena permitirá ao Brasil a recepção de dados que, após processados, contribuirão, e muito, no combate ao desmatamento ambiental e garimpo ilegal, além de outros crimes ambientais”, ressalta Barros.
A Antena Multissatelital surge por iniciativa do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, dentro do projeto SipamSAR, que monitora o desmatamento com tecnologia radar. A nova Antena Multissatelital foi adquirida com recursos do Fundo Amazônia, que é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e representa um marco para a soberania nacional. O equipamento pode receber dados de satélites radares, óticos ou de observação da Terra, e fornecer informações estratégicas às instituições brasileiras do segmento espacial. “O Brasil possui dimensões continentais. A instalação dessa antena multissatelital tanto demanda quanto favorece o uso de diversas infraestruturas de rastreio, telecomando e recepção de dados”, explica o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura.
O Censipam promove o monitoramento da Floresta Amazônica, do espaço marítimo brasileiro e de outras áreas de interesse, produzindo informações em tempo próximo ao real. Esses dados subsidiam ações conjuntas de vários órgãos que atuam nas duas “Amazônias”, a Legal e a Azul, e nas esferas federal, estadual e municipal, o que permite o funcionamento articulado e integrado dessas instituições em todas as suas instâncias. "O fato de ter sido instalada numa região central do Brasil agrega mais valor à infraestrutura espacial brasileira, juntando meios de defesa que também podem ser aplicados na proteção ambiental e em diversas outras demandas do país. Uma dualidade que acrescenta muito à capacidade espacial do Brasil”, finaliza Carlos Moura.
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