Guilherme Wiltgen - Florianópolis, 29.7.2021 – O cluster tecnológico naval projetado para ser implantado em Santa Catarina foi tema de reunião entre a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), o SEBRAE, SENAI e Secretaria de Assuntos Internacionais. O encontro foi na quarta-feira (28), em Florianópolis, com a participação do Vice Almirante (RM1-IM) Edesio Teixeira Lima Júnior, que apresentou o modelo de cluster instalado no Rio de Janeiro, no qual a Emgepron é uma das empresas fundadoras, juntamente com Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL) e Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (NUCLEP) e CONDOR Tecnologias Não-Letais, inspirando a formalização em Santa Catarina.
O Almirante Edésio destacou a importância da economia do mar como foco estratégico para o desenvolvimento do estado. “Santa Catarina tem grande potencial econômico a ser explorado pelo mar, a exemplo do Rio de Janeiro. Tem natural vocação marítima, proximidade geográfica, social, institucional, cultural e tecnológica entre agentes econômicos e capacidade de conectar-se a outros Clusters Regionais e Internacionais. O alinhamento entre governo, setor empresarial e academia (universidades) é fundamental para o cluster dar certo, além de ter entrega para sociedade, seja com emprego, impostos ou qualidade de vida”, destacou.
Segundo dados da OCDE, a economia do mar terá o valor agregado até 2030 da ordem de US$ 3 trilhões e mais de 40 milhões de empregos diretos. Atualmente 90% do comércio exterior é pelo mar e a estimativa é que o tráfego marítimo de cargas irá triplicar até 2050.
O diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates, destacou ações já desenvolvidas pela FIESC para a criação do cluster entre elas: pesquisa e planejamento; identificação de oportunidades tanto para desenvolvimento regional como adensamento de cadeia de fornecedores; certificações, qualificação profissional e o núcleo de implantação do Cluster. “Trabalhamos a economia do mar como recurso natural, ambiental e fonte de negócios. Queremos fortalecer o setor naval, a pesca e o turismo catarinense. O Programa Travessia já analisou a área naval como um dos setores portadores de futuro e fonte de diversas oportunidades para a competitividade e inovação do Estado”, informou.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, pediu atenção do SESI e do SENAI sobre a demanda de profissionais qualificados para o trabalho. “Precisamos nos preparar para atender a demanda. Nossas entidades estão à disposição para alinhar e oferecer cursos para qualificar os profissionais. Entendendo as necessidades podemos criar opções para formação”, afirmou. As entidades irão se reunir e buscar as articulações necessárias para o desenvolvimento de um Cluster Marítimo no Estado de Santa Catarina.
FONTE: Assessoria de Imprensa da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
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