Projeto de lei segue para sanção presidencial

Em função da sua importância para o País, o Deputado Federal Sanderson apresentou, em agosto deste ano, o Projeto de Lei 1402/2022, que inscreve o nome do Marinheiro Marcílio Dias no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Ontem (9), o projeto de lei, de relatoria do Senador Plínio Valério, foi aprovado no plenário do Senado Federal e segue para sanção presidencial.
“Muitos brasileiros já conhecem Marcílio Dias de nomes de ruas, avenidas, navios … foi um prazer enorme ler a biografia e saber que realmente se trata de um herói, que morreu aos 27 anos defendendo a Pátria. No Senado, nós temos essa prerrogativa.
A Constituição nos garante esse tipo de homenagem e Marcílio Dias mais do que se enquadra no perfil de herói”, destacou o Senador Plínio Valério.
“Nós, na Câmara, tivemos toda dedicação e apoio da Marinha para construirmos um projeto de lei que faz justiça com um dos homens mais importantes dentro da Marinha.
Tenho certeza que essa homenagem é mais do que merecida a Marcílio Dias. São poucos os heróis nacionais, hoje em torno de uma dúzia. E Marcílio está no seletíssimo rol”, ressalta o Deputado Federal Sanderson.
Quem foi o Imperial Marinheiro Marcílio Dias?
Em 1838, nascia Marcílio Dias, filho caçula de Pulcena Dias e Manuel Fagundes, marítimo de origem portuguesa.
Conta a história que a sua mãe, negra e lavadeira, em 1855, foi presa injustamente e, preocupada com o mau comportamento do filho, durante seu período no cárcere, decidiu pedir ao seu compadre que entregasse Marcílio Dias aos “menores”, como era conhecida a Escola de Grumetes no Rio de Janeiro(RJ).
Aos 17 anos, em julho de 1855, ingressou na Armada Imperial como Grumete (Recruta), sendo Praça no Corpo de Imperiais Marinheiros em 5 de agosto do mesmo ano. Foi destacado para a Fragata “Constituição” em 1856 e, logo em seguida, transferido para o Vapor “Recife”.
No ano de 1858, foi destacado no Vapor “Paraense”, tendo sido promovido a Marinheiro de 3ª Classe em 1861 e a Marinheiro de 2ª Classe no ano seguinte.
Em 1863, matriculou-se na Escola Prática de Artilharia, que funcionava a bordo da Fragata “Constituição”.
No dia 19 de dezembro daquele ano teve aprovação e classificação como Praça distinto com direito a usar o distintivo de Marinheiro-Artilheiro e, após isso, embarcou no Vapor “Parnaíba”.
No ano de 1864, foi promovido a Marinheiro de 1ª Classe e, no final do mesmo ano, desembarcou em Paysandú. Era tripulante da Corveta “Parnaíba”, quando do ataque da Esquadra Brasileira, sob o Comando do Almirante Tamandaré, à Praça de Paysandú.
Em 1865, no dia 02 de janeiro, coube-lhe a glória de cravar o estandarte brasileiro na torre da Igreja dessa praça, já logicamente dominada.
Na data de 11 de junho de 1865, travou-se a Batalha Naval do Riachuelo, que imortalizou a bravura do jovem Marinheiro Marcílio Dias.
A Corveta “Parnaíba”, da qual era tripulante, sofreu a abordagem de quatro Vapores paraguaios: “Paraguari”, “Tacuari”, “Salto” e o “Marquês de Olinda” (este último, navio brasileiro aprisionado pelos paraguaios anteriormente), dando lugar a um dos mais notáveis combates de toda a guerra. Durante esse episódio, o Imperial Marinheiro foi ferido mortalmente em uma luta corpo a corpo contra quatro inimigos, tendo falecido no dia seguinte às 14 horas.
Foi sepultado nas águas do Rio Paraná, em 13 de junho.
Acesse o site e conheça um pouco mais sobre a história do Imperial Marinheiro de Primeira-Classe Marcílio Dias.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
Acesse: https://www.marinha.mil.br/agenciadenoticias/
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