A primeira linha de produção da China para chips fotônicos “multimateriais e de tamanho cruzado”, ou circuitos ópticos integrados, será concluída em Pequim em 2023, um desenvolvimento que deve preencher uma lacuna na fabricação de nível superior do país, informou o Beijing Daily em 18 de outubro.
Em comparação com os chips eletrônicos, os chips fotônicos oferecem velocidades mais altas e menor consumo de energia. A velocidade de cálculo e a taxa de transmissão são 1.000 vezes maiores que os chips eletrônicos, segundo o jornal.
Se tudo correr como planejado com a instalação, isso mostrará que o processo de pesquisa e desenvolvimento experimental preliminar está em vigor, com tecnologia de produção que lidera o mundo, disseram analistas.
De acordo com o Beijing Daily, a linha de produção será construída pela Sintone, uma empresa de alta tecnologia com sede em Pequim.
A instalação pode atender à demanda do mercado em vários campos, incluindo comunicações, data centers, exames médicos e outros setores, disse a reportagem, citando Sui Jun, presidente da Sintone.
O uso doméstico de chips fotônicos se estendeu a cenários da indústria, eletrônicos de consumo, veículos, defesa e outros campos, de acordo com um relatório da Minsheng Securities em setembro.
A nova instalação preencherá a lacuna no campo de fundições de chips fotônicos na China e acelerará o processo de substituição de chips fotônicos domésticos, disse Sui.
Os chips fotônicos serão a próxima grande direção do desenvolvimento de chips devido à sua estabilidade e baixo consumo de energia, disse Xiang Ligang, analista de tecnologia independente, ao Global Times.
Esses chips ainda não estão sendo produzidos em larga escala em nenhum lugar do mundo, então a nova instalação mostrará que a China é líder nessa tecnologia no mundo, disse Xiang.
A China se tornou o maior mercado de comunicação ótica do mundo, e o tamanho do mercado doméstico de chips fotônicos se expandiu notavelmente. De 2015 a 2021, o mercado doméstico de chips fotônicos expandiu de US$ 800 milhões para US$ 2,08 bilhões, com uma taxa média anual de crescimento composto de mais de 15%, de acordo com Insight and Info.
Sui disse que a fabricação de chips fotônicos não é tão exigente quanto os chips eletrônicos em termos de requisitos estruturais, pois os chips fotônicos não requerem máquinas de litografia de ponta, como litografia ultravioleta extrema, e podem ser produzidos usando matérias-primas e tipos de equipamentos que já estão maduros na China.
Xiang enfatizou que levará tempo e verificação industrial desde o início da construção até a produção em massa após a conclusão da instalação.
Sui disse que o desenvolvimento atual do setor na China é mais avançado em termos de aplicações e design, mas relativamente fraco em aspectos básicos como equipamentos e fabricação. A empresa usará suas conquistas científicas para fornecer suporte prático e confiável para setores centrais, como a computação quântica.
FONTE: Global Times – jornal tabloide diário sob os auspícios do principal jornal Diário do Povo do Partido Comunista Chinês, comentando questões internacionais de uma perspectiva nacionalista.
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