6 de fev. de 2023

Mercado financeiro prevê novos avanços da inflação brasileira

Segundo instituições ouvidas pelo Banco Central, o IPCA de 2023 será de 5,78%

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Boletim Focus elevaram de 5,74% para 5,78% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A nova estimativa foi anunciada na manhã desta segunda-feira (6).

A previsão de inflação nos preços administrados — que são controlados por contrato ou pelo poder público — aumentou de 8,39% para 8,44%. Enquanto isso, a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu de 4,67% para 4,60%.

Para 2024, as instituições financeiras elevaram de 3,90% para 3,93% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 aumentou de 4,20% para 4,24%. Além disso, a projeção para a inflação medida pelo IGP-M subiu de 4,03% para 4,07%.

A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 reduziu de 0,80% para 0,79%. A projeção para 2024 ficou estável em 1,50%.

A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023 se manteve em 12,50%. Atualmente, ela está em 13,75%, o que significa que o mercado espera um incremento de -1,25 ponto porcentual (pp) até o final do ano.

Para 2024, a estimativa para a taxa Selic subiu de 9,50% para 9,75%. A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,25 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 manteve-se em R$ 5,30 por dólar.


Superávit comercial

Foto: Diego Baravelli/Minfra

No Boletim Focus desta semana, as instituições financeiras consultadas mantiveram a previsão de superávit comercial em 2023 em US$ 57,60 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente — que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda — foi de déficit de US$ 47,00 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 46,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 ficou estável em US$ 80,00 bilhões.

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