Com informações da Ascom PMCZS
A prefeitura de Cruzeiro do Sul realizou na última quinta-feira (31/10), um dia de campo de combate à praga da lagarta Mandarová na cultura da mandioca para os produtores rurais. O evento contou com o apoio da Universidade Federal do Acre/ Ufac, Instituto Federal do Acre (Ifac), Embrapa, Senar, Idaf, Seagri e Sebrae.
Com foco no manejo e mitigação dos efeitos destrutivos dessa praga, o encontro proporcionou informações essenciais aos produtores da região evidenciando a importância de união de esforços entre produtores, instituições acadêmicas e órgãos municipais para enfrentar um problema que afeta diretamente a economia e a cultura local.
Foram repassados conhecimentos necessários para que eles monitorem e reajam precocemente aos ataques da praga com o uso de armadilhas luminosas e técnicas de controle biológico. O Secretário Municipal de Agricultura, Eutimar Sombra, destacou a importância dessa iniciativa devido às severas perdas sofridas no ano passado. Segundo a Embrapa, as perdas na cultura da mandioca em todo o Acre ultrapassaram 200 milhões de reais.
Durante o encontro, foram realizadas oficinas práticas nas quais os produtores aprenderam a monitorar suas lavouras e detectar sinais precoces de infestações, como ovos de mariposas e borboletas.
O Professor doutor Luiz Farinatti, da Ufac, ressaltou a relevância das parcerias entre instituições e o apoio técnico para os produtores. “A orientação do produtor faz com que a gente comece também a estar presente nos locais, fazendo com que o produtor minimize o prejuízo, ou seja, reduza a infestação, reduz o poder do ataque e consiga com isso ter maior rentabilidade da sua roça”, explicou.
O técnico agrícola, Rodomir Cavalcante, explicou o uso da armadilha luminosa como método de prevenção, destacando a sua eficácia para o controle da mariposa, que é atraída pela luz. “O produtor, identificando a presença da mariposa, vai fazer a armadilha luminosa, como já foi dito, porque ela é atraída pela luz. Aí você montando uma armadilha luminosa próximo ao roçado, você vai diminuir significativamente a infestação do mandarová,” explicou Cavalcante.
Ele detalhou que a armadilha impede a reprodução das mariposas, pois “cada mariposa deixa de botar 1.800 ovos na planta de mandioca” ao ser capturada, reduzindo consideravelmente o prejuízo potencial.
Fábio Júnior de Oliveira, presidente da Associação dos Moradores do Ramal 8, enfatizou a importância do conhecimento adquirido. Ele destacou que as orientações recebidas incentivam os produtores a fazer visitas regulares às suas plantações para monitorar os primeiros sinais da praga, explicando que “hoje a gente já tem o conhecimento. Pediram para que, pelo menos uma vez por semana, a gente vá ao nosso roçado e analise os ovos da lagarta da Mandarová para combatê-las logo no início”, enfatiza.
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