Brasil é o primeiro comprador internacional do Rafale
Caça francês desbanca concorrentes sueco e americano
Concorrendo com o Saab Gripen e do Boeing F/A-18E Super hornet, o caça francês Dassault Rafale venceu o F-X2 da FAB. O avião já era considerado o favorito, embora não tivesse obtido nenhuma vitória nas concorrências que participou.
O caça bimotor francês, que rivaliza com o Eurofighter Typhoon, surgiu como ACT (Avion de Combat tactique) e ACM (Avion de Combat Marine), destinado a substituir os Jaguars da Armée d l’Air e os Crusaders e Super Etendards da Aéronavale.
O primeiro vôo do protótipo demonstrador de tecnologia Rafale A aconteceu em 4 de julho de 1986, propulsado ainda por turbinas norte-americanas GE F404, pois as turbinas francesas, desenvolvidas para ele, não tinham ainda alcançado a maturidade requerida. Somente no início de 1990 é que aconteceu o primeiro vôo com uma turbina SNECMA M88.
Os protótipos Rafale C01 (monoplace para a Força Aérea), Rafale M01(monoplace naval), e Rafale B01 (biplace para a Força Aérea) voaram em maio de 1991, dezembro de 1991, e abril de 1993, respectivamente.
Uma célula de testes, na configuração Rafale M, foi entregue ao CEAT de Toulouse em 10 de dezembro de 1991, para testes de fadiga em terra. Entre aquela data e 2 de março de 1993, foram completados mais de 10.000 vôos simulados, incluindo 3.000 catapultagens e 3.000 pousos a bordo. A validação estrutural foi atingida em 15 de dezembro de 1993.
Inicialmente, o Rafale B era para ser apenas um treinador, mas as experiências da Guerra do Golfo e do Kosovo mostraram que um segundo tripulante era inestimável em missões de ataque e reconhecimento e, sendo assim, mais Rafale Bs foram encomendados, substituindo alguns Rafale Cs. Foi decidido que 60% dos aviões seriam biplaces e a Aéronavale, que inicialmente não tinha encomendas de aeronaves de dois lugares, também quis obtê-los; a decisão, no entanto, foi posteriormente cancelada pela Marinha.
Prejudicado pela falta de recursos
As demandas do Governo Francês pela redução de custos levaram à suspensão do programa Rafale em novembro de 1995 e o bloqueio dos fundos em 1996.
Os planos para três versões do Rafale em níveis diferentes de sofisticação foram abandonados, e substituídos por uma versão padrão e outra de exportação, com três softwares (F1, F2 e F3) de missão sendo introduzidos progressivamente nos aviões em produção.
Inicialmente as Forças francesas esperavam receber 294 aviões: 232 para a Força Aérea e 60 para a Marinha. Mas, com passar do tempo e a elevação dos custos, este número caiu para somente 120 Rafales.
Os aviões estão sendo entregues em três lotes distintos, sendo a encomenda mais recente a do final de 2004, para 59 Rafales, embora o Ministério da Defesa francês tenha revelado que este número pode cair para 51 aeronaves, com o mesmo “custo global” . Foi mencionado o sacrifício de 8 a 12 aeronaves para permitir a introdução de novas versões dos sensores desenvolvidos pela indústria francesa.
O Rafale M teve prioridade na produção inicial pela necessidade de substituição dos velhos Vought F-8 Crusader da Aéronavale. As primeiras entregas começaram em 2001, com o primeiro esquadrão, Flotille 12, formado em 18 de maio de 2001. A unidade iniciou as operações no NAe Charles de Gaulle em 2002, tornando-se plenamente operacional em 25 de Junho de 2004, depois de uma extensa opeval (avaliação operacional), que incluiu vôos de escolta e missões de apoio aéreo na Operação Enduring Freedom, no Afeganistão.
Dois sistemas eletrônicos principais foram desenvolvidos para o Programa Rafale: o radar multimodo de varredura eletrônica RBE2, e o sistema de auto-proteção SPECTRA.
O RBE2 (Radar à Balayage planos Electronique 2) é uma radar desenvolvido durante os anos 90. É um equipamento do tipo PESA (passive electronically scanned array), considerado inferior aos AESA mais recentes, como o AN/APG-79 do F/A-18E/F do Super Hornet. Por isso está sendo desenvolvida a versão RBE2-AA (active array), que deverá entrar em serviço em 2012.
Diz-que o RBE2 pode rastrear até 40 alvos simultaneamente e engajar 8 deles, com alcance máximo em torno de 120km, para alvos do tamanho de um caça.
O sistema defensivo do Rafale é o SPECTRA, uma suíte de sistemas defensivos que combina sensores capazes de acusar emissões de laser e de radiação eletromagnética, lançadores de chaff e de flares, interferidores eletrônicos para “jammear” sistemas inimigos e detectores de lançamento de mísseis guiados por infravermelho.
O Rafale também tem um sistema eletro-óptico Thales/SAGEM OSF de busca e rastreamento infravermelho, instalado no nariz da aeronave.
Alto custo de desenvolvimento e preço salgado
Segundo algumas fontes, o custo total do Programa do Rafale foi de € 28 bilhões (cerca de US$ 38 bilhões), o que se traduz em um custo unitário de cerca de € 95 milhões. Só o desenvolvimento da versão de exportação, Rafale Mk.2, custou €1,3 bilhão!
O “flyway price” de 2006 era de € 51,8 milhões (cerca de US$ 72,5 milhões) para a versão da Força Aérea, e € 56,6 milhões, para a versão naval.
Nas concorrências de Singapura e Coreia do Sul, o Rafale foi oferecido por US$ 95 milhões.
Até agora, avião não tinha vencido nenhuma concorrência internacional
Apesar de vários países terem demonstrado interesse no Rafale, o avião não conseguiu vencer nenhuma concorrência. Em 2002, o Rafale competiu com o Boeing F-15K para o F-X da Coréia do Sul, mas acabou perdendo. Em 2005, o Rafale perdeu novamente para o F-15, na disputa pelo melhor caça para a Real Força Aérea de Singapura.
Em 2006 foi anunciado que a Líbia queria comprar de 13 a 18 Rafales por US$3,4 bilhões, mas o negócio não foi concretizado. Em 2007, o Rafale também participou de uma concorrência no Marrocos, perdendo para o F-16.
Fonte: Poder Aéreo
Concordo completamente com a compra do Rafale
ResponderExcluirApós essa matéria, o Gov. voltou a trás.
ResponderExcluirE até agora não foi decidido.
abçs