5 de dez. de 2025
Diario Cast: Conversa com Marcela Jansen, do Correio Online, e Wanglézio Braga, do Acre Mais
Barco peixeiro é apreendido com 1,7 tonelada de maconha skank no rio Solimões
Câmaras frigoríficas escondiam droga avaliada em R$ 35 milhões; três pessoas foram presas durante operação conjunta do DRCO e COE nas proximidades de Anori
Joana Queiroz- Uma embarcação peixeira foi apreendida na madrugada de quinta-feira (4), no rio Solimões, nas proximidades do município de Anori (a 254 quilômetros de Manaus), transportando 1,7 tonelada de maconha do tipo skank.
A droga, avaliada em aproximadamente R$ 35 milhões, estava escondida nas câmaras frigoríficas no porão da embarcação, sob uma camada de gelo. Três pessoas foram presas.
A apreensão ocorreu durante operação conjunta do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil e da Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, que acompanhavam a vinda de um carregamento de droga oriundo da área de fronteira, transportado em lanchas rápidas com escolta armada.
Conforme o delegado do DRCO, Mário Paulo, as embarcações foram identificadas e passaram a ser acompanhadas pela COE, comandada pelo major Lemos, que estava em patrulhamento nos rios. Nas proximidades do município de Codajás, os criminosos fizeram o transbordo da droga para o barco pesqueiro, que horas depois foi apreendido.
A droga estava embalada em sacos plásticos pretos e foi levada para a sede do DRCO. Ainda nesta sexta-feira (5), mais informações serão repassadas em entrevista coletiva.
Os planos da Petrobras para reiniciar a produção de fertilizantes no Nordeste
Petrobras voltou a investir em fertilizantes após demanda do presidente Lula, que busca diminuir dependência de importações no agro
Por Reuters
A Petrobras está se preparando para reiniciar a produção de fertilizantes nas fábricas do Nordeste, o que deve acontecer até janeiro, afirmou nesta quinta-feira (4) o diretor-executivo de processos industriais e produtos da estatal, William França.
Em outubro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, havia dito que a companhia reiniciaria a operação no início de 2026, mas não deu um prazo mais específico.
A Petrobras voltou a investir em fertilizantes após uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca deixar o setor agrícola menos dependente de importações do insumo.
A Fafen Sergipe tem capacidade instalada para 1,8 mil toneladas de ureia por dia, enquanto a Fafen Bahia pode produzir 1,3 mil toneladas/dia.
As Fafens chegaram a ser arrendadas pela Unigel, mas voltaram ao controle da Petrobras neste ano, após ficarem hibernadas desde 2023 por dificuldades financeiras.
Uma outra unidade parada desde o governo anterior, a Ansa, no Paraná, deve ter a partida iniciada em março de 2026, de acordo com o executivo. A fábrica paranaense tem capacidade de 1,9 mil toneladas diárias.
O plano inicial da Petrobras é atender em 2026 cerca de 20% do mercado brasileiro de fertilizante nitrogenado, produto que o Brasil importa em grande escala.
Mas, segundo o diretor, os planos da companhia vão além.
Até o fim da década, o país deve produzir cerca de 40% da demanda interna de ureia, hoje quase totalmente importada.
A Petrobras também prevê iniciar em 2029 a produção de fertilizantes em Três Lagoas (MS), fábrica cuja construção foi paralisada por anos, ampliando a capacidade nacional e reduzindo importações.
“O Brasil consome cerca de 8 milhões de toneladas de ureia por ano. Vamos chegar a menos de 4 milhões de toneladas importadas com Três Lagoas operando, com as Fafens e Ansa. Vamos atender 40% ou mais do mercado”, disse França.
Corredor tarauacaense brilha na 3ª Maratona de Porto Velho e conquista pódio na categoria 56+
Raimundo Accioly - O esporte de Tarauacá segue rompendo barreiras e levando o nome do município a grandes eventos fora do estado. Desta vez, o destaque vai para o corredor Vitorio Silva, que participou da 3ª Maratona de Porto Velho – Lupo Esport, realizada no dia 30 de novembro de 2025, na capital rondoniense.
Com muita determinação, preparo e foco, Vitorio conquistou o 2º lugar na categoria 56+ anos, garantindo mais um importante pódio para o atletismo tarauacaense. O atleta competiu representando o grupo Seven Team Run, equipe que vem crescendo no cenário regional e incentivando a prática da corrida como qualidade de vida e superação pessoal.
A participação de Vitorio Silva reforça o protagonismo dos atletas tarauacaenses nas grandes competições do Norte do país, mostrando que com dedicação e apoio, é possível alcançar resultados expressivos e inspirar novas gerações.
Parabéns ao atleta e a toda equipe Seven Team Run por mais essa conquista que orgulha Tarauacá! 🏃♂️✨
Que venham novas provas, novas metas e muitas outras vitórias!
Mais uma lancha transportando drogas é atacada no Pacífico Oriental
On Dec. 4, at the direction of @SecWar Pete Hegseth, Joint Task Force Southern Spear conducted a lethal kinetic strike on a vessel in international waters operated by a Designated Terrorist Organization. Intelligence confirmed that the vessel was carrying illicit narcotics and… pic.twitter.com/pqksvxM3HP
— U.S. Southern Command (@Southcom) December 4, 2025
Docente da UFAC que deu voz ao agronegócio do Juruá deixa legado no Acre e vai para a Bahia
Por Wanglézio Braga - O setor agropecuário do Vale do Juruá está prestes a se despedir de um de seus maiores incentivadores. Depois de anos dedicados ao fortalecimento do agronegócio no Acre, o professor Luis Henrique Ebling Farinatti, da Universidade Federal do Acre (UFAC), prepara mudança para a Universidade Federal do Oeste da Bahia. Em Cruzeiro do Sul, ele se tornou referência na agronomia, aproximando pesquisa, sala de aula e o dia a dia do produtor rural.
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| Pesquisador encerra ciclo no Acre e vai para o oeste baiano (Foto: Arquivo Pessoal) |
Na UFAC – campus Floresta, o clima já é de despedida. O professor tem visitado amigos e parceiros, reforçando os laços criados no Acre, estado que aprendeu a chamar de casa. Em várias entrevistas, inclusive ao Portal Acre Mais e ao blog Pé de Orelha, Farinatti defendeu o fortalecimento das cadeias produtivas já consolidadas no estado, como a mandiocultura, e estimulou a diversificação das lavouras, destacando o café como cultura estratégica para o interior.
O estudante de agronomia e repórter do programa Juruá Agro, Eduardo Krautchuk, definiu a importância da presença do professor Luis na sua vida acadêmica e de seus pares. “Para mim, professor significa pai. É difícil resumir alguém tão grandioso, mas nenhuma palavra o define melhor. Ele foi cuidado, atenção e dedicação — comigo, com meus amigos do Gespa e da UFAC. Até na hora de partir para uma nova fase de sua jornada profissional, o mesmo pensou em nós, deixando caminhos prontos para seguirmos. Ele ia muito além do ensino: eram conselhos sinceros, momentos compartilhados, carinho em cada gesto. O cuidado que tinha conosco era o cuidado que só um pai oferece a um filho”, disso ao Portal Acre Mais.
Agradecimentos
O Portal Acre Mais agradece a contribuição do docente em entrevistas, debates e sugestões de pautas que ampliaram a visibilidade do agronegócio acreano. Sua atuação deixa um legado de incentivo ao conhecimento técnico e ao protagonismo do produtor rural da região. Desejamos votos de boa sorte na nova jornada e já esperamos o seu regresso para uma futura visita.
3 de dez. de 2025
O Serviço Geológico Colombiano informou que o alerta laranja é mantido no Vulcão Puracé
O vulcão Puracé mantém o alerta alaranjado devido à emissão persistente de cinzas e gases, acompanhada por atividade sísmica que já afeta vilarejos próximos com a queda de material e mudanças na cor do Rio San Francisco
Rádio Nacional da Colômbia/Camila Rivera - O vulcão Puracé permanece em alerta laranja devido à persistente atividade sísmica e às emissões de cinzas que impactaram comunidades próximas no departamento de Cauca, informou o Serviço Geológico Colombiano (SGC) na segunda-feira.
Desde o fim de semana, a agência ligada ao Ministério de Minas e Energia registrou sinais sísmicos relacionados ao movimento de fluidos dentro do vulcão, especificamente do tipo Tremor e Longo Período, localizado sob a cratera Puracé. Esses sinais estão associados à emissão contínua de gases vulcânicos e pequenas quantidades de cinzas.
As colunas de gases e cinzas atingiram alturas superiores a 500 metros acima do cume do vulcão, embora condições climáticas adversas tenham tornado impossível calcular sua altura total. Nas últimas 24 horas, a aeronáutica civil recebeu sete alertas, destacando o emitido em 1º de dezembro às 23h27 por uma coluna que se dispersou para o sudeste.
Os efeitos da atividade vulcânica já estão sendo sentidos nas cidades próximas. No domingo, às 14h, a vila de San Juan de Puracé relatou queda de cinzas.
Além disso, moradores da vila de Pululó relataram às 10h30 do mesmo dia uma mudança na coloração do Rio São Francisco para um tom marrom, fenômeno que o SGC atribui ao arrasto de cinzas acumuladas na parte superior do vulcão devido às chuvas recentes.
O Serviço Geológico esclareceu que, embora o vulcão permaneça em alerta laranja, é normal que ocorram flutuações temporárias nos níveis de atividade. Uma diminuição momentânea não significa necessariamente que o vulcão voltou à estabilidade. Para reduzir o nível de alerta para amarelo, é necessário um longo período de avaliação para confirmar tendências estáveis em todos os parâmetros monitorados.
As autoridades recomendam que a população não se aproxime da cratera ou de seus arredores, que esteja atenta aos boletins oficiais do SGC e que siga as instruções das autoridades locais e departamentais e da Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD).
Irmãos Batista contratam Citi para vender fatia da mineradora LHG e atrair sócio estrangeiro
Holding já recebeu propostas e quer fechar a venda em 2026; LHG planeja investir R$ 4 bi para elevar a produção a 25 milhões de toneladas
Por Bloomberg
A J&F, a holding dos irmãos Batista, contratou o Citigroup para conduzir a venda de uma participação minoritária na LHG Mining, sua empresa de mineração. A transação, de acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, deverá ser para buscar um sócio estratégico, ou seja, com conhecimento no setor.
A J&F já recebeu diversas ofertas não vinculantes de investidores, incluindo grandes mineradoras, fundos de private equity, tradings e siderúrgicas. A expectativa é concluir a transação no primeiro trimestre de 2026.
Uma das condições do processo é que a fatia seja vendida a investidores estrangeiros, não a players locais do setor. O tamanho exato da participação a ser negociada vai depender das propostas e da avaliação da companhia, disse a fonte.
A LHG, focada em minério de ferro e manganês, tem duas minas no Mato Grosso do Sul adquiridas da Vale em 2022, além de um porto próprio. O negócio integra o conglomerado dos irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores da JBS.
A empresa planeja investir cerca de R$ 4 bilhões (US$ 750 milhões) para elevar a produção a 25 milhões de toneladas, com novas plantas de processamento previstas para entrar em operação até 2030 – um nível próximo ao do projeto Minas-Rio, da Anglo American, no Brasil.
Após operar por dois anos nessa capacidade ampliada, a LHG pretende iniciar uma segunda fase de expansão que pode dobrar a produção. Essa etapa demandaria aproximadamente US$ 2,5 bilhões, segundo uma das pessoas.
Desde sua criação, a LHG já multiplicou por seis o volume produzido, alcançando 12 milhões de toneladas anuais, segundo documentos da empresa. A operação escoa a produção por um sistema integrado que inclui porto, terminal marítimo e transbordo no Uruguai.
Procurados, Citi, LHG e J&F não comentaram.
Viralizam vídeos da qualidade duvidosa das construções na China. São os famosos tofu dreg
"Tofu dreg" refere-se a projetos subpadrão causados por corrupção e pressa, como relatado em fontes como discursos de Zhu Rongji e análises de colapsos em desastres, destacando falhas estruturais comuns em prédios chineses.
They tell you China is the future, but you wouldn't like to live in a Tofu dreg building....pic.twitter.com/4pkfcvmXbR
— Mayte Chummia (@Maytechummia) November 28, 2025
2 de dez. de 2025
Prefeito Rodrigo Damasceno recebe presidente do DERACRE em visita às obras da Terceira Entrada de Tarauacá
Por José Gomes - SECOM - O prefeito Rodrigo Damasceno recebeu nesta terça-feira (02) a presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (DERACRE), Sula Ximenes, que veio acompanhar de perto o avançado estágio das obras da Terceira Entrada da cidade – uma das principais intervenções estruturantes já em fase final de execução no município.
Durante a visita técnica, a presidente percorreu os trechos em obra ao lado do prefeito e de técnicos da prefeitura e do DERACRE. O foco foi avaliar o andamento da pavimentação asfáltica, que já está em execução em diversos pontos, além da conclusão das calçadas, drenagem, iluminação e sinalização. A obra ultrapassa 80% de execução física e segue em ritmo acelerado.
“A pavimentação já está sendo aplicada e a gente vê o quanto essa entrada vai mudar a cara de Tarauacá. É uma obra de qualidade, que trará mais segurança no trânsito, melhor acesso ao IFAC e mais desenvolvimento para toda a região”, destacou Sula Ximenes.
O prefeito Rodrigo Damasceno reforçou a importância da parceria com o Governo do Estado: “Essa terceira entrada já está virando realidade graças ao trabalho conjunto com o governador Gladson Cameli e o DERACRE. É mais uma via moderna, com asfalto, calçadas acessíveis e iluminação, que vai facilitar a vida de quem mora aqui e de quem chega à nossa cidade", destacou o prefeito.
A visita da presidente do DERACRE reafirma o compromisso das duas gestões em concluir a obra com qualidade e dentro do prazo, entregando à população uma infraestrutura planejada, segura e preparada para o futuro da cidade.
Sem festival oficial da Prefeitura de Tarauacá, parceria entre SEAGRI e cooperativa garante feira do abacaxi
Por Wanglézio Braga - A falta do tradicional Festival do Abacaxi, organizado anualmente pela Prefeitura de Tarauacá, poderia ter deixado 2025 marcado como um ano vazio para os produtores da fruta símbolo do município. Mas a união de forças entre a Secretaria Estadual de Agricultura (SEAGRI), o gabinete do deputado licenciado Luiz Tchê e a Cooperativa dos Produtores Familiares e Extrativistas de Tarauacá (CooptAcre) garantiu que o trabalho de quem vive da cadeia produtiva fosse valorizado. Assim nasceu a 1ª Feira do Abacaxi da Agricultura Familiar, realizada entre 27 e 30 de novembro, que conseguiu movimentar o campo e a cidade.A missão da feira foi evitar que a produção inteira ficasse retida nas propriedades. E deu certo: segundo Bayma, da CooptAcre, quase seis mil abacaxis foram vendidos durante os quatro dias de evento. O público também pôde conhecer o potencial da região na produção de frutos gigantes, marca registrada de Tarauacá, com a escolha dos três maiores abacaxis deste ano.
O produtor Nico do Abacaxi levou o primeiro lugar com um fruto de 11,2 kg e recebeu R$ 10 mil de prêmio. Logo atrás veio o produtor Nivaldo Carlos, com um abacaxi de 8,3 kg que garantiu R$ 7 mil ao segundo colocado. Fechando o pódio, Chico Veio apresentou um fruto de 7,1 kg e recebeu R$ 3 mil. No total, R$ 20 mil foram distribuídos aos campeões, fortalecendo o incentivo à produção local.
A feira ainda abriu espaço para a venda de outros produtos da agricultura familiar, como banana, melancia, tapioca, beiju e derivados, garantindo renda direta para dezenas de famílias. A iniciativa reforça a importância da organização comunitária e da parceria entre Estado, cooperativa e produtores, garantindo que a cultura do abacaxi — tão forte na identidade de Tarauacá — continue viva mesmo sem o festival oficial.
Tarauacá: MPAC ajuíza ação civil pública para instalação de IML
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Tarauacá, ajuizou ação civil pública requerendo a instalação de um Instituto Médico Legal (IML) no município. O pedido foi apresentado após constatação de que a ausência de estrutura pericial adequada na região tem gerado impactos significativos aos serviços públicos e à população da regional de Tarauacá.
Atualmente, exames de necrópsia deste município só podem ser realizados em Cruzeiro do Sul, o que obriga o deslocamento de corpos por longas distâncias e prolonga o tempo de espera das famílias para a realização do sepultamento. Além disso, os exames de corpo de delito são feitos por médicos plantonistas do hospital, o que interfere no atendimento regular de pacientes e provoca situações de risco, como a circulação de pessoas custodiadas em áreas destinadas ao público e aos profissionais de saúde.
O MPAC destacou ainda que vítimas de violência, especialmente mulheres, crianças e adolescentes, são submetidas a exames periciais em ambiente hospitalar, sem estrutura adequada e sem a especialização exigida para esse tipo de atendimento. Segundo a ação, a instalação do IML é necessária para assegurar condições técnicas adequadas, garantir atendimento humanizado e preservar direitos fundamentais da população.
Na ação civil pública, o Ministério Público informou que já havia expedido recomendação ao Estado do Acre em 2023 para implantação do instituto, sem que houvesse adoção de providências. Diante disso, foi solicitado, em tutela de urgência, que o Estado apresente plano de ação para instalação do IML e adote medidas provisórias para estruturar o atendimento pericial no município.
O Poder Judiciário determinou que o Estado do Acre se manifeste sobre o pedido de tutela de urgência no prazo de dez dias.
Assaí corta investimentos de 2026 e lança ‘marca própria’ para driblar consumo mais fraco
Rede de atacarejo vai vender produtos Assaí 20% mais baratos do que marcas líderes a partir do 1º trimestre
Por Raquel Brandão - O juro alto não aparece no balanço apenas na linha de despesa financeira. No Assaí, ele virou critério para redefinir o tamanho do investimento e a velocidade de crescimento da rede. A companhia decidiu reduzir o nível de investimentos de R$ 1,2 bilhão neste ano para R$ 700 milhões em 2026, enquanto tenta criar mais fontes de receita, como a criação de uma marca própria e de serviços financeiros.
O Assaí paga R$ 7 milhões de juros por dia, mas gera R$ 14 milhões de caixa diariamente, o que compensa o custo financeiro. É essa geração de caixa que tem permitido à empresa reduzir a alavancagem mesmo com a Selic em patamar elevado. Depois de atingir algo em torno de 4,3 vezes dívida líquida em relação ao Ebitda em 2022, a rede projeta encerrar 2025 perto de 2,6 vezes.
O recuo nos investimentos vem depois de um ciclo de forte expansão, impulsionado sobretudo pela compra dos hipermercados Extra, em 2021. A operação levou o Assaí a outro patamar em faturamento e exposição à alta renda, que hoje já responde por 44% dos consumidores (47% dos clientes são da classe C e 9%, da classe D). A companhia saltou de R$ 30 bilhões em vendas em 2019 para cerca de R$ 84 bilhões no último doze meses.
Com esse perfil de clientela, o Assaí tem ampliado as ferramentas digitais e parcerias de entrega. A parceria com o iFood vem ganhando relevância em parte das lojas, especialmente nas regiões de maior renda, e a companhia estuda entrar em um marketplace.
Enquanto o juro pressiona, o plano de expansão fica mais limitado, com apenas 10 lojas novas previstas para 2026. No médio prazo, o plano é ir além do modelo atacarejo tradicional. “O mundo não vai acabar em atacarejo. No futuro, com menos alavancagem e juro mais baixo, faz sentido explorar outros formatos, como super e proximidade”, admite Belmiro Gomes, CEO do Assaí.
Consumo em queda
Ainda assim, o consumo tem se mostrado cada vez mais pressionado, segundo o CEO, com endividamento elevado das famílias e uma diferença crescente de comportamento entre a alta renda e o resto da população.
“Para o volume de alimentos cair 8% em quilos, como vimos no pequeno varejo, significa que o consumidor já não está só trocando de marca. Ele está tirando produto do carrinho”, diz o CEO. Na prática, o trade down já não tem sido suficiente. Em muitos lares, a cesta encolheu.
Diante de um cenário em que crescer vendas fica mais difícil, o Assaí passa a concentrar esforços em iniciativas que aumentem o tíquete médio e a fatia de consumo dos 40 milhões de clientes que passam mensalmente pelas lojas, sem estourar a projeções de investimento. São ao menos três frentes principais: farmácias dentro das unidades, marca própria e serviços financeiros.
A primeira ainda depende de Brasília. Em conjunto com a associação do setor supermercadista (Abras), a rede defende a liberação da venda de medicamentos em supermercados, seguindo o modelo adotado por redes como Walmart, Kroger e Costco no exterior. O projeto já passou pelo Senado e tramita em regime de urgência na Câmara.
A aposta do Assaí é que, ao aproveitar a infraestrutura existente, a operação farmacêutica possa nascer com uma estrutura de custos bem mais leve que a dos concorrentes especializados. “Boa parte dos custos de uma farmácia — aluguel, segurança, limpeza, energia, IPTU — nós já temos dentro da loja. Isso nos permite entrar nesse mercado com uma estrutura de despesa bem menor”, afirma o executivo.
A ideia é capturar a compra planejada de pacientes de doenças crônicas (diabetes, hipertensão), combinando preço competitivo com a conveniência de concentrar a cesta de alimentos, higiene e saúde no mesmo endereço.
Em paralelo, a companhia quer ampliar a oferta de suplementos, vitaminas e proteínas, embalado pela mudança de hábitos e, em parte, pela onda dos medicamentos à base de GLP-1, como o Ozempic. “O movimento das canetas emagrecedoras começou na alta renda, mas já está impactando cerveja e carboidrato. O remédio é quase milagroso e vai mexer no índice de alimentos. Já está mudando o padrão de consumo de bebidas alcoólicas”, diz Gomes.
A segunda frente é a marca própria. A companhia pretende lançar, a partir do primeiro trimestre de 2026, as primeiras linhas de produtos com a marca Assaí. Hoje, a rede já vende produtos sob a marca Chef, voltada para food service — são embalagens grandes de ingredientes usados nos restaurantes, padarias e lanchonetes.
É uma resposta direta à busca dos clientes por alternativas mais baratas, sem abrir mão de margem. No mundo, a marca própria já representa 23% do varejo alimentar. No Brasil, ainda está em 2% ou 3%.
O plano do Assaí é usar a força da marca e a alta concentração geográfica da operação para encurtar esse gap. “Mais de 50% da nossa operação está em São Paulo e Rio, com logística mais concentrada e a mesma lógica tributária, o que nos permite escalar marca própria com custo menor”, explica o CEO.
O objetivo é ter produtos de marca própria cerca de 20% mais baratos que as marcas líderes, mas só entrar em categorias em que a indústria tem margem alta o suficiente para abrir espaço.
Maquininha e serviços financeiros
Além dos produtos de marca própria, o Assaí está em fase final de “divórcio” da FIC, antiga joint venture com Itaú, antiga Via e GPA, que hoje impede a companhia de oferecer soluções próprias a seus clientes. “Temos quase 1 milhão de micro e pequenos empreendedores que compram no Assaí e são pouco atendidos pelo sistema bancário”, diz o executivo.
O piloto da maquininha própria já está rodando em algumas praças. A autorização para esse produto foi obtida antes mesmo da saída definitiva da sociedade. A ideia, segundo o CEO, não é disputar apenas taxa de desconto com adquirentes tradicionais, mas usar o equipamento como porta de entrada para um relacionamento mais profundo com o cliente PJ.
A partir dos dados sobre transações, o Assaí quer entender melhor o negócio desses comerciantes e oferecer condições comerciais diferenciadas em produtos de grandes fornecedores – como refrigerantes e itens de mercearia – para quem tiver a maquininha, além de integrar, no futuro, cartões de crédito e débito da própria rede.
Essa estratégia só deve ganhar tração plena depois que o Assaí formalizar a saída da FIC e puder estruturar novas parcerias – possivelmente com mais de um player, dividindo foco entre pessoa física e jurídica. Até lá, o piloto de maquininhas e os testes de serviços financeiros funcionam como laboratório para o modelo que a rede pretende escalar a partir de 2026.
EUA planejam manter forças militares no Caribe até 2028, segundo documentos
Documentos internos dos EUA indicam que o governo americano pretende manter uma presença militar reforçada no Caribe até novembro de 2028, estendendo consideravelmente o tempo da mobilização.
De acordo com a reportagem publicada pelo portal The Intercept, a decisão ocorre em meio ao contingente crescente estacionado na região — o maior desde a invasão do Panamá, em 1989. O reforço engloba tropas terrestres, fuzileiros navais, navios de guerra e meios logísticos, com a justificativa oficial de combater o narcotráfico e fortalecer a segurança regional.
Fontes consultadas afirmam que os planos do governo americano incluem suporte logístico contínuo para os militares na área — desde abastecimento até manutenção de unidades — o que reforça a hipótese de que a presença será duradoura, não apenas pontual.
A expansão da presença militar coincide com intensificação da retórica contra o governo venezuelano de Nicolás Maduro, bem como com operações navais e aéreas atribuídas às forças dos EUA no mar do Caribe e no Pacífico oriental.
A estratégia sugere que Washington pretende manter uma “capacidade de prontidão” na região — uma abordagem de dissuasão e pressão contínua.
1 de dez. de 2025
Ícone da Madeira-Mamoré rouba a cena na Agrotec e inspira debate sobre logística na Amazônia
Exposta na Agrotec 2025, a Locomotiva 18 reacendeu o debate sobre a retomada da ferrovia como alternativa logística e símbolo do fortalecimento da infraestrutura na Amazônia.
Por Wanglézio Braga - A Locomotiva 18 voltou a brilhar nesta edição da Agrotec 2025, encantando visitantes ao exibir suas estruturas imponentes sobre os trilhos históricos do Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho. Símbolo vivo de uma era marcada por desafios e ousadia na Amazônia, a máquina restaurada trouxe à feira não apenas nostalgia, mas também um recado contemporâneo: “usem-me”. Em meio a debates sobre logística e competitividade, sua presença inspirou reflexões sobre alternativas para o escoamento da produção agropecuária na região.
Embora ainda seja apenas uma metáfora, a “solicitação” da locomotiva ecoou entre os visitantes. A ferrovia, que outrora impulsionou ciclos econômicos, poderia um dia voltar a operar como solução estratégica para reduzir custos de transporte e fortalecer cadeias produtivas amazônicas. Na Agrotec, a Locomotiva 18 cumpriu seu papel: reavivar a imaginação e reacender o debate sobre infraestrutura na Amazônia.
De acordo com a concessionária responsável pela administração do Complexo da Madeira-Mamoré, a restauração da Locomotiva 18 é apenas o começo. A próxima máquina que receberá cuidados especiais será a histórica Marechal Rondon, reforçando o compromisso com a preservação da memória ferroviária e ampliando o potencial turístico e cultural da região. Com isso, a esperança de ver novamente esses gigantes de aço em movimento ganha ainda mais força.
“Calma gafanhoto”, isso é só o começo!
As garras do dragão vão até as costas sul-americanas
The red dots show Chinese fishing vessels swarming Peru’s EEZ in 2024
— David Walpiri (@DWalpiri) November 22, 2025
525 Chinese boats in Peruvian waters, while Peru itself barely had 239
China’s greedy pirates emptied their own seas and are now hijacking the livelihoods of other nations’ fishermen. pic.twitter.com/MQdkZC0SrT
Milhares de embarcações de pesca estão fazendo um estrago econômico nas costas de diversos países no sudeste asiático como podem ver as denúncias diárias no X, rede social das mais libertadoras.
Não satisfeitos em acabar com a economia dos outros países pertos ou mais longes no “Mar do Sul da China”, invadindo as ZEE(s) deles, eles ameaçam as costas de todo país que terceiriza sua defesa.
Não vamos nem levar em conta o fator ambiental porque eles estão do lado certo da momentânea cor.
Mas que estão dizimando leitos marítimos estão!
Finge que não vê somente os 'neo-amiguinhos'.
O vídeo acima, é sua “frota pesqueira" nas costas o Peru, bem aqui pertinho.
É bem verdade que não é somente barcos pesqueiros da China, mas o é em sua grande maioria.
Há relatos de coerção a embarcações em suas próprias ZEE.
What was the China Coast Guard doing in the Luconia Shoal?
— Nguyen Thi hong (@NguyenThih36) November 30, 2025
It travelled more than 1,000km to Luconia Shoal, a Malaysian territory, to intimidate the local Malaysian fishermen with their illegal presence in the Malaysian EEZ.
Such a useless power projection. pic.twitter.com/pVJUYQV3HA
Produção nacional de defesa poderia gerar 226 mil empregos e quase R$ 10 bilhões em tributos, aponta CNI
Brasília — Um novo estudo divulgado pela CNI nesta quinta-feira (27) revela que, caso o Brasil passasse a produzir internamente cerca de 30% dos produtos de defesa hoje importados, o país poderia gerar até 226 mil empregos diretos e indiretos e arrecadar aproximadamente R$ 9,9 bilhões em tributos e contribuições sociais.
O levantamento, apresentado no âmbito da 26ª reunião do Conselho de Desenvolvimento da Indústria de Defesa (Condefesa), estima que o impacto total sobre o valor da produção no setor chegaria a cerca de R$ 60,9 bilhões, caso parte significativa da demanda hoje suprida por importações fosse atendida internamente.
Empregos de alta qualificação e inovação tecnológica
Segundo a simulação do Observatório Nacional da Indústria, entre os novos postos de trabalho criados haveria grande parte voltada à mão de obra especializada: engenheiros, técnicos e profissionais de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Esse reforço à base industrial de defesa não apenas diminuiria a dependência externa de equipamentos militares e de segurança, mas poderia também fomentar a inovação e gerar efeitos positivos em setores de tecnologia dual — com aplicações civis e militares — como telecomunicações, aeroespacial e eletrônica.
Estratégia para soberania e competitividade
Para os defensores da proposta, estimular a produção doméstica por meio de compras públicas e incentivos à indústria nacional representa uma estratégia capaz de impulsionar o desenvolvimento tecnológico, fortalecer a soberania nacional e dinamizar a economia — com geração de empregos qualificados e inovação estruturante em diversos setores.
Desafio da demanda e da estrutura produtiva
Atualmente, o Brasil importa uma média anual de cerca de R$ 70,8 bilhões em produtos de defesa e segurança — desde itens básicos como coletes balísticos e trajes antibombas até componentes avançados para mísseis e aeronaves. Por outro lado, o país já possui uma base industrial capaz de produzir armamentos, radares, aeronaves e sistemas militares; o que falta, segundo a CNI, é articular um ambiente institucional e de compras públicas que priorize o conteúdo nacional.
O estudo da CNI reacende o debate sobre a reconstrução e modernização da indústria de defesa brasileira — não apenas como ferramenta de segurança nacional, mas também como motor de desenvolvimento econômico, tecnológico e de geração de empregos qualificados. A adoção de políticas públicas que favoreçam a nacionalização de parte significativa da demanda poderia representar um salto importante para a autonomia produtiva e competitividade do Brasil no médio e longo prazo.
Governo topou ser o fiador do empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, diz Folha
Empréstimo bancário com garantia da União acende alerta sobre trajetória da dívida pública e limita espaço para cortes na Selic
O governo prepara um decreto para que o Tesouro Nacional seja o fiador de um empréstimo bancário de R$ 20 bilhões para os Correios. A informação é da Folha de S.Paulo, a partir de fontes próximas ao Poder Executivo.
A contratação do empréstimo foi aprovada pelo conselho de administração da estatal neste sábado. Falta o aval da União. Mas, de acordo com o jornal, ele já existe.
O financiamento será concedido por um consórcio formado por Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra, com o Tesouro Nacional como fiador — ou seja, se houver calote, é o governo que assume a conta.
Como os Correios acumulam prejuízos desde 2022 e registram um saldo negativo de R$ 6,1 bilhões neste ano até setembro, havia resistência de técnicos do Tesouro em conceder o aval.
Em última instância, a medida mina ainda mais a credibilidade fiscal do governo, o que pressiona os juros dos títulos públicos para cima e torna ainda mais cara a rolagem da dívida pública. Com a questão fiscal mal resolvida, por fim, sobra pouco espaço para quedas efetivas na Selic, que está no maior patamar em 19 anos (15% ao ano).
A expectativa do governo, de acordo com a Folha, é publicar as normas nos próximos dias e concluir a operação, cuja taxa de juros ficou em 136% do CDI.
O “conto” da “maconha medicinal”! Não existe maconha ou cannabis( que é o nome cientifico da maconha) medicinal. Não existe nem na literatura médica. Esse nome é só uma estratégia de marketing para legalizar a maconha !
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— Osmar Terra (@OsmarTerra) November 29, 2025





























