Portal políticadoacre - Indagado sobre os comentários que foram ventilados na mídia sobre uma possível invasão de domicílio do Vice-Prefeito eleito Chagas Batista, PC do B, de Tarauacá-AC, na manhã do dia 06(terça-feira), fato esse que mobilizou o cenário político do município, inclusive com repercussão na capital Rio Branco, distante 385 km da capital.
“Como todos os dias ao chegar à Delegacia, iniciei a rotina ordinária de trabalho, às 8h, quando por volta das 10h30min, esta foi quebrada por uma ligação, a qual informava que as testemunhas (Lauany e uma outra menor de idade) de uma AIJE(Ação de Investigação da Justiça Eleitoral) estariam naquele momento na casa do então Vice-Prefeito eleito Chagas Batista sendo coagidas a mudarem seus depoimentos anteriormente prestados naquele procedimento”.
Sabe-se que tanto a Polícia Federal como a própria Polícia Civil, a qual tem caráter residual, ou seja, na ausência da Polícia Federal, a Polícia Civil faz os procedimentos investigativos para esclarecer fatos.
“Agindo de prontidão com o dever do ofício, tendo em vista a situação de um possível flagrante, haja vista a suposta materialização do crime previsto no artigo 343 do Código Penal, de forma incontinente, mobilizou os agentes disponíveis na delegacia naquele momento com o escopo de averiguar a veracidade da informação prestada”.
Conforme está previsto no Código de Processo Penal na forma do artigo 301 – Qualquer cidadão poderá e as Autoridades Policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
“Chegando ao local, bati palmas, apresentou-se uma senhora por nome Célia, a qual identificou-se como empregada da residência. Identifiquei-me como Delegado e após, expliquei sobre a denúncia que apontava a possível coação de testemunhas naquela residência. Meio assustada, porém compreendendo a situação, aceitou que fosse feita a averiguação no local, mediante assinatura em termo de autorização para adentrar na residência”
Por ser a única responsável no momento, sua autorização é perfeitamente válida, já que a empregada avocou a responsabilidade da guarnição da residência.
“Ocorre que em conversa com a empregada, por sinal, uma conversa bem harmonioza, perguntei-lhe se havia alguma garota na casa, sendo a resposta dela negativa e com o objetivo de ratificar sua resposta, ela disse que poderíamos procurar pela casa, pois não seria encontrada garota alguma. Logo, reitero, com autorização da empregada, buscas foram feitas pela casa, sendo encontrada uma garota aos fundos da residência trabalhando, que era a testemunha a qual estava sendo procurada”.
Continuou:
“Esse cenário só veio a corroborar com tudo que consta nas investigações, motivo pelo qual todas as pessoas que estavam na casa foram conduzidas à Delegacia para prestarem esclarecimentos”.
Que o Delegado está na regional Tarauacá-Envira há aproximadamente 7 meses, que pelo excesso de demanda em seu trabalho, não tem uma convivência sociopolítica, ao ponto de desconhecer tanto o prefeito eleito quanto o seu vice. Que não se encontrava na região no período eleitoral, só retornando de tratamento de saúde após as eleições. Que seu trabalho se restringe tão somente às questões técnicas. Que quanto às supostas acusações de envolvimento em armação política, as pessoas que deram margem a elas, certamente responderão judicialmente por crimes contra a honra.
“Não tenho qualquer vínculo com a política partidária, apenas faço meu trabalho conforme as diretrizes da lei e da moral, agindo de forma imparcial em meus procedimentos.”
Concluiu o Delegado Samuel.
Destarte, no caso em comento, não houve qualquer irregularidade no procedimento policial, pelo contrário, foram encontradas mais evidências para alimentar a investigação.
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