No momento em que o Brasil mais precisa da volta do respeito às diferenças de pensamento – ingrediente básico para uma nação verdadeiramente civilizada –, o País registra um péssimo exemplo do autoritarismo segundo o qual quem não pensa igual merece a morte. E surge de alguém que, em tese, deveria estar entre os defensores de primeira hora da liberdade de opiniões, um dos alicerces de qualquer democracia.
Na última semana, frustrado com o resultado do 1º turno das eleições municipais, Marcos Bagno, professor de Lingüística da Universidade de Brasília, postou nas redes sociais um texto no qual defendia que o Brasil só teria jeito se apelasse à faca, ao tiro, à degola. “Depois, quando digo que o Brasil só vai se resolver no tiro e na ponta da faca, as pessoas ficam indignadas…Mas como salvar a gente de monstros como ACM Neto, Doria et caterva? Só degolando, decapitando, defenestrando”.
Diante da péssima repercussão, Bagno se apressou a tirar o post do ar. O estrago, porém, já estava feito. E ele é mais profundo do que possam imaginar os pseudo-intelectuais que se escondem atrás da segurança das redes sociais. Representa a insistência deprimente em fazer prevalecer o seu pensamento – e apenas o seu.
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