Segundo denúncia do sindicato, 19 leitos serão fechados na ala feminina. Com isso, homens e mulheres ficarão em um mesmo setor
19 leitos serão fechados na ala feminina do Huerb/Foto: Reprodução
Salomão Matos - O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) denunciou, na manhã desta segunda-feira (16), que o governador do Acre, Tião Viana, que também é médico, mandou fechar a clínica médica na ala feminina de Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). O local comporta 19 leitos e teria sido interditado sob o argumento de que não dispõe de profissionais suficientes para atender à demanda. Com isso, pacientes de ambos os sexos estão sendo hospitalizados na mesma ala, o que contraria as normas internas do próprio hospital.
Segundo o representante sindical João Batista, o fechamento da ala feminina do Huerb é uma forma de retaliação por parte do governo, tendo em vista que existe pessoal concursado no cadastro de reserva.
“Foi uma maneira que o governador encontrou de sobrecarregar a nós, os servidores, que já trabalhamos no limite, e agora teremos que trabalhar dobrado para atender os pacientes. Foi uma forma raivosa de nos punir, já que não aceitamos a terceirização dos serviços dos hospitais e UPAS”, lamentou João Batista, que também é enfermeiro.
Outra denúncia do Sintesac é que após os servidores não aceitarem a terceirização dos serviços do Huerb e das UPAs da Capital, a maioria dos que fazem parte da diretória sindical está sendo remanejada de setor.
“Como somos concursados e eles não podem nos demitir, agora estão nos jogando para trabalhar em setores que não têm nada a ver com aqueles para os quais fomos contratados. Eu, por exemplo, fui transferido para trabalhar no Hospital de Saúde Mental [Hosmac]”, lamentou o sindicalista João Batista.
A reportagem da ContilNet tentou desde as primeiras horas da manhã de hoje ouvir a assessoria de imprensa da Secretaria Estado de Saúde e do governador Tião Viana. A secretária de Comunicação, Andrea Zílio, disse que o encarregado para dar esse tipo de esclarecimento seria o assessor de comunicação da Sessacre, jornalista Leônidas Badaró.
Em contato com Badaró, ele disse que iria aguardar uma posição da direção do Huerb para só então esclarecer o que está ocorrendo naquela unidade. Muito embora Badaró tenha prometido nos retornar com a resposta, até a publicação desta matéria ele não tinha dado retorno.
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