"Se recusaram a salvar a vida da minha mulher. Foi negligência e falta de humanidade. A Vida do ser humano não vale nada para esse governo", diz o esposo da vitima
Aldenira/Foto: reprodução |
Salomão Matos - A dona de casa Aldenira Rodrigues Soares, de 44 anos, morreu na manha desta terça-feira (17), na Unidade de Pronto Atendimento (PA) da Sobral, em Rio Branco, vítima de um infarto fulminante, após ter seu atendimento recusado no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
o esposo de Aldenira, Everaldo Cabral, disse que ao chegar no Pronto Socorro, foi informado que a unidade de saúde não poderia atender a sua mulher porque, de acordo com ele não havia enfermeiros ou profissionais qualificados para fazer o que chamam de classificação de risco.
Desesperado e vendo a sua esposa passando mal, Cabral a colocou em um táxi, tendo em vista sequer havia ambulância para fazer o transporte da paciente e a levou para a UPA da Sobral, onde ela não resistiu e morreu.
“Ela ja chegou aqui desmaiando. Os médicos aqui da Sobral foram rápidos e muito prestativos. Eles ainda tentaram reanimar ela por quase uma hora mas ela não resistiu”, lamenta o marido de Aldenira.
O esposo acredita que o tempo que levou para transportar a sua esposa do HUERB, para a UPA da Sobral, e até ela receber os primeiros atendimentos médicos foi crucial para o óbito. “Demorou demais. Primeiro não havia ambulância. Tive que trazer a minha mulher de carro. O trânsito tava ruim demais e essa demora toda, infelizmente ela não resistiu. Recusaram salvar a vida da minha mulher. Foi negligência e falta de humanidade. A vida do ser humano não vale nada para esse governo”, desabafa.
Em contato com a direção da UPA Sobral, o gerente de assistência, Kevin Suzuki, disse que a paciente já chegou a unidade de atendimento praticamente sem sinais vitais. “Tentamos reanimá-la por meio do procedimento RPC (Reanimação Cardio Pulmonar), fizemos o possível, mas infelizmente foi tarde demais”, também lamentou o gerente da UPA da sobral.
Aldenira Soares deixa cinco filhos. Os familiares, bastante revoltados com o que consideram negligência médica, afirmam que vão processar o estado por omissão de socorro. A nossa reportagem tentou falar com a direção do Huerb, mas até o fechamento desta edição, às 10h, não houve resposta da assessoria de imprensa.
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