“A incerteza em torno das perspectivas é excepcionalmente alta, mas os riscos para o crescimento
são vistos como amplamente equilibrados”, disse o FMI sobre o Brasil
FORBES - O FMI (Fundo Monetário Internacional) disse hoje (22) que o desempenho econômico do Brasil tem sido melhor do que o esperado “em parte devido à resposta enérgica das autoridades” à medida que a economia emerge da desaceleração causada pela pandemia.
A previsão do Fundo para o crescimento econômico da maior economia da América Latina é de expansão de 5,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021, inalterada em relação à estimativa de julho.
“A incerteza em torno das perspectivas é excepcionalmente alta, mas os riscos para o crescimento são vistos como amplamente equilibrados”, disse o Fundo na conclusão de suas consultas do Artigo IV, discussões bilaterais mantidas entre o Fundo e seus membros todos os anos.
No entanto, disse o FMI, a pandemia exacerbou os desafios de longa data para um maior crescimento e inclusão socioeconômica.
“O mercado de trabalho está atrasado em relação à recuperação da produção e a taxa de desemprego é alta, especialmente entre jovens, mulheres e afro-brasileiros”, disse o FMI.
Nesse sentido, o país precisa de mais esforços para aumentar a confiança do mercado e fortalecer as perspectivas de médio prazo.
O Fundo apontou necessidades específicas em termos de aumento da flexibilidade do mercado de trabalho formal e melhoria da governança, bem como fortalecimento das estruturas anticorrupção.
“Também são necessárias medidas para melhorar ainda mais o ambiente para o investimento do setor privado”, disse o Fundo.
O Conselho do FMI se mostrou a favor da recente postura de política monetária “hawkish” (dura com a inflação) do Banco Central, conforme ele busca ancorar as expectativas de inflação. A inflação no Brasil é a terceira mais alta entre os países do G20, atrás da Argentina e da Turquia.
Hoje (22), o Copom (Comitê de Política Monetária ) deve aumentar a taxa Selic pela quinta reunião consecutiva, em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano. (Com Reuters)
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