13 de jun. de 2022

Conheça um pouco da história da astronauta análoga Luísa Santos

A palestra faz parte de uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Nesta quinta-feira (09), aconteceu a live “Jornada Espacial da Astronauta Luísa Santos”, uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A transmissão teve como tema a jornada espacial da astronauta análoga e engenheira de apenas 24 anos, Luísa Santos, que falou sobre sua trajetória e respondeu perguntas dos internautas.

“Desde pequena, sempre fui curiosa e interessada pela tecnologia, mas a preparação começou mesmo durante a adolescência, onde passei a estudar por meio de bolsas. Um professor do ensino médio percebeu que eu tinha potencial e me incentivou a participar de uma olimpíada de Física”, disse Luísa.

Aos 20 anos, já cursando Ciência e Tecnologia na UFRN, participou de um congresso internacional em Santa Catarina, onde pôde mostrar seu trabalho. Logo após, conseguiu uma bolsa para o curso de hipersônica e iniciou sua trajetória na área espacial. Apresentou sua pesquisa no Campus Party de Natal (RN) e passou a se destacar na área, ganhando prêmios com suas apresentações.

Como os pais são professores de educação física, Luísa cresceu com muita disciplina e aprendeu desde cedo a ter dedicação. Praticou esportes como taekwondo e corrida, além de yoga, modalidades que lhe deram resiliência física e mental. De acordo com a própria Luísa, esses atributos são necessários para quem quer seguir carreira na área aeroespacial.

“As missões podem ser de cinco dias a um ano. Alguns astronautas passam a vida inteira treinando e nunca vão ao espaço, pois o treinamento é intenso”, explica.

Em 2019 passou no processo seletivo da Potiguar Rocket Design, que é um projeto de extensão focado em desenvolver e disseminar conhecimento e tecnologia aeroespacial no estado do Rio Grande do Norte e faz pesquisas com a participação da comunidade. Em pouco tempo, se tornou presidente da equipe de foguetes acadêmicos.

“Trabalhei junto com a equipe para construirmos foguetes de material sustentável e de baixo custo. Durante a missão Antares II – Space Cowboy, conseguimos lançar um foguete que chegou à altura de 304 metros, foi emocionante”, conta.

Atualmente, Luísa Santos trabalha em missões na Estação Análoga Habitat Marte, onde desenvolve pesquisas e no Centro Vocacional Tecnológico Espacial Augusto Severo (CVT-E), dando palestras e ensinando crianças. “Gosto de missões educacionais, onde posso levar conhecimento às escolas”, garante.

Antes de encerrar a live, o professor George Marinho – coordenador do curso na UFRN, leu as perguntas enviadas pelos internautas, que foram prontamente respondidas. Luísa disse que que pretende fazer um doutorado fora do Brasil e um curso de piloto comercial, e que, além disso, existe um projeto em segredo para 2023.

A astronauta finalizou com uma mensagem às jovens que querem iniciar na carreira espacial. “Ainda é um desafio para mulheres participarem, mas os dados mostram que a participação está crescendo. Acreditem em vocês e nos seus sonhos, pois cada um constrói seu próprio universo. Quem disse que alcançou tudo que almeja é porque nunca sonhou em alcançar as estrelas”, finalizou.

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