Ministro da Justiça falou sobre o evento no A Voz do Brasil
“Nós chamamos os ministros para que tratemos no nível estratégico, no nível político. Para que a gente acorde novos tipos de trabalhos, novos modelos naquela região, no combate ao crime organizado, na troca de inteligência, na troca de informações, [que] aproxime cada vez mais nossas polícias, para que tenhamos resultados cada vez mais efetivo, mais eficaz no combate ao crime organizado transnacional”, disse.
O evento Unidos Contra o Crime Organizado Transnacional - 1º Encontro Ministerial será realizado no Ministério da Justiça e Torres disse que pretende convidar os policiais desses países para que venham ao Brasil. “Nossa ideia é estar com estes policiais aqui fazendo um trabalho mais aproximado, trabalhando junto nas investigações, nos casos que surgirem, para a gente ter uma efetividade maior nesse trabalho”, disse.
O ministro explicou que o Brasil é um país com 16.800 quilômetros de fronteira seca, onde existem várias realidades, o que facilita muito a ação de criminosos. Entre os crimes praticados, ele citou tráfico de armas, tráfico de drogas, tráfico de pessoas, contrabando e as organizações criminosas. “A gente sabe que o crime não respeita fronteira. Nós temos toda uma limitação territorial para nossos policiais trabalharem, então temos que estar integrados com esses países para fazer frente a essa criminalidade, para fazer frente a essas organizações criminosas, que infelizmente já se encontram espalhadas por toda a América do Sul”, disse.
Torres citou o exemplo da Operação Nova Aliança, feita em parceria com as forças de seguranças do Paraguai para o combate ao plantio de maconha no país vizinho. “Os números dessa parceria do Brasil com o Paraguai são impressionantes. Esse tipo de operação que nós queremos estender para os demais países fronteiriços e essa é uma das razões de nossa reunião de amanhã”, disse.
Acompanha aqui a entrevista:
O ministro também falou sobre a Operação Guardiões do Bioma, que, no ano passado, conseguiu atuar em mais de 17 mil focos de incêndio. Torres explicou que o sucesso e a logística dessa operação, fez com que ela fosse transformada não só em uma operação de combate a incêndios, mas que também atuasse no combate aos crimes ambientais. A intenção, segundo ele, é que se torne uma operação permanente.
“Nós temos a ideia de criar dez bases operacionais na Amazônia, O Brasil tem uma dificuldade em locomoção na Amazônia, devido ao tamanho, à dificuldade que a floresta impõe, então muitas vezes se tem noção de um possível crime acontecendo e se tem muita dificuldade de se deslocar até aquela localidade para confirmar isso. Estruturar essas dez bases na Amazônia vai nos dar uma capilaridade muito maior, um acesso muito mais rápido, e com certeza uma efetividade muito maior no combate a esses crimes”, disse.
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