A maioria da população brasileira apoia a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, segundo pesquisa realizada por AtlasIntel e CNN Brasil. Do total de entrevistados, 36,3% são favoráveis desde que a Petrobras obtenha as licenças ambientais necessárias e realize estudos de impacto na região, e 26,1% apoiam a exploração sem ressalvas. Os dois grupos somam 62,4%.
Por outro lado, 18,3% afirmam que a estatal não deveria atuar na região “de jeito nenhum”, e 19,3% não souberam opinar.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 7 de dezembro e ouviu 1.834 pessoas de todos os estados e classes sociais. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais.
Do total de entrevistados, 37,8% já ouviram falar sobre a Foz do Amazonas, mas não conhecem os detalhes; 31,9% não estão familiarizados com o tema; e 30,3% dizem conhecer o assunto.
A Foz do Amazonas é uma das cinco bacias da Margem Equatorial. É nela que está o bloco FZA-M-59, adquirido em leilão pela Petrobras ainda em 2013.
Estimativas sugerem reservas de pelo menos 10 bilhões de barris de petróleo na Margem Equatorial, pouco menos que as atuais reservas provadas do pré-sal, de 11,5 bilhões de barris, segundo a ANP, agência reguladora do setor.
Além da Foz do Amazonas, a Margem Equatorial é composta pelas bacias Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, que ficam no trecho da costa litorânea entre Rio Grande do Norte e Pará.
A Foz do Amazonas é tida como a mais promissora nova fronteira de petróleo do país. Outra área que chama atenção é a Bacia de Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul, que teve blocos leiloados pela ANP na semana passada.
Maioria acredita que exploração trará emprego e renda para a região
A Petrobras pediu a licença ao Ibama para perfurar um poço na Foz do Amazonas para averiguar potencial e viabilidade comercial do petróleo ali, porém, o pedido foi negado. O órgão ambiental disse que os estudos apresentados até agora são insuficientes e não mensuram os impactos reais da exploração.
Dos entrevistados da pesquisa, 39,5% acreditam que a exploração pode trazer alto risco ao meio ambiente. Outros 14,9% afirmaram achar o risco médio e 12,2%, pequeno. Outros 5,2% acreditam não haver qualquer risco, e 28,1% não souberam opinar.
Mais da metade dos entrevistados disseram estar preocupados (27,7%) ou muito preocupados (23,8%) com os riscos ambientais.
Enquanto isso, 55,6% dos consultados acreditam que a exploração na Foz no Amazonas poderá gerar impactos econômicos positivos para a população local e para os estados, como emprego e renda.
Na comparação entre os riscos ambientais e os impactos econômicos positivos, 37,3% dos entrevistados afirmam que ambos devem ter a mesma importância para decidir se a Petrobras poderá ou não explorar petróleo na região. Para 34,7%, os riscos são o fator mais importante na escolha. E 14,7% defendem o protagonismo da questão econômica.
A Petrobras planeja perfurar 16 poços na região e investir US$ 3,1 bilhões nos próximos cinco anos. O montante representa pouco mais de 40% da verba total destinada à área de exploração no período (US$ 7,5 bilhões em cerca de 50 poços).
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