Fernando Valduga - A Força Aérea Paraguaia marcou um avanço inédito em sua capacidade de defesa aérea ao conduzir a primeira interceptação operacional com aeronaves A-29 Super Tucano na fronteira com o Brasil, durante a operação “Escudo Guaraní”.
A ação ocorreu no norte do departamento de Concepción, após o radar ELTA 2106 identificar uma aeronave suspeita, de origem boliviana, voando a baixa altitude ao ingressar no espaço aéreo paraguaio.
Dois A-29 foram imediatamente acionados e cumpriram todos os protocolos de interceptação, conseguindo obrigar o piloto a realizar um pouso forçado. Ao mesmo tempo, um helicóptero UH-1H transportou rapidamente uma equipe tática para a região, enquanto unidades terrestres se deslocaram para garantir a segurança no local e consolidar o resultado da operação.
O episódio reforça a evolução da vigilância aérea no Paraguai. A ação ocorre semanas após o país incorporar novos A-29 Super Tucano da Embraer, parte de um pacote de modernização que inclui seis aeronaves destinadas a fortalecer o combate ao crime organizado e ao tráfego ilícito nas fronteiras. O governo paraguaio já havia informado que os Super Tucano seriam fundamentais para missões de patrulha aérea, policiamento e resposta rápida — características demonstradas exatamente nesta interceptação.
A “Escudo Guaraní” também vem mostrando resultados em terra. Dias antes dessa missão aérea, forças do setor sul apreenderam quase uma tonelada de maconha no departamento de Ñeembucú, na fronteira com a Argentina, evidenciando a integração entre vigilância aérea, helicópteros de apoio e patrulhamento terrestre.
Com a intensificação das operações e o uso regular dos A-29 em missões reais, o Paraguai amplia sua capacidade de detecção e neutralização de voos ilegais. Autoridades locais afirmam que novas ações devem ocorrer nos próximos dias em áreas críticas, reforçando o compromisso do país em fechar corredores clandestinos utilizados pelo tráfico transnacional.



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