22 de fev. de 2014

PROTESTO ANTI-COPA TEM NOVO CONFRONTO ENTRE POLICIAIS E MANIFESTANTES

Tiago Dantas - O segundo protesto contra a Copa do Mundo do ano, em São Paulo começou por volta das 17h45. Gritando palavras de ordem como "Não vai ter Copa", o grupo tomou a Avenida Ipiranga, em frente à Praça da República. Uma hora depois do início do protesto, o tumulto começou. Policiais que se mantinham às margens das ruas e nas calçadas passaram a isolar grupos de manifestantes no meio da via, na rua Xavier de Toledo, no sentido do teatro Municipal.



Os policiais estavam munidos de cassetes, escudos e bombas de efeito moral, enquanto os manifestantes usaram sacos de lixo, cones e pedaços de pau. Latas de lixo e vidraças dos prédios da região foram quebrados.

Pelo menos 50 pessoas foram algemadas e repórteres que se identificavam como sendo da imprensa foram obrigados a sentar na calçada. Pelo menos três fotógrafos e dois repórteres foram detidos para averiguação. Três deles já foram soltos. 

De acordo com a Polícia Militar, quatro policiais tiveram ferimentos leves e dois manifestantes tiveram que ser levados de ambulância para o hospital, mas ainda não há confirmação sobre o estado de saúde deles. 

Todos os detidos foram levados em três ônibus par o 78º DP, nos Jardins. O representante da organização Advogados Ativistas, Geraldo Santamaria Neto, denunciou para a reportagem do UOL Esporte que todos os advogados foram impedidos pela polícia de acompanhar a revista e o traslado dos manifestantes até as delegacias. 

Neste sábado, o governo de São Paulo colocou em prática uma novidade em seu contingente para acompanhar os protestos. PM especializados em jiu-jitsu para atuar sem o uso de armas em situações em que é preciso imobilizar pessoas que estão cometendo crimes. Esses policiais foram os responsáveis pela maioria das detenções dos manifestantes. 

A PM (Polícia Militar) deslocou mil policiais para acompanhar a manifestação contra a Copa do Mundo neste sábado, 22. Um helicóptero da corporação acompanhou toda a concentração na Praça da República.

Segundo a PM, cerca de mil pessoas foram às ruas. Além dos black blocs, que formam a linha de frente do protesto, movimentos sociais, como o Fórum de Saúde, e partidos políticos, como o PSOL, também se encontram na manifestação.

"Vamos respeitar todos, não importa sua bandeira. Estamos aqui por uma causa, que é muito maior", disse um dos líderes do movimento.

"Vamos fazer um protesto sem violência. A violência vem sempre da PM", disse o homem, cujas palavras eram repetidas pelos demais, para que todos ouvissem. O homem não se identificou.

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