1 de jun. de 2018

Postos que não baixarem diesel podem pagar multa de até R$ 9,4 mi, diz ministro

                            Sergio Moraes/Reuters
Posto no Rio de Janeiro: diesel tem que estar mais baixo em R$ 0,46 o litro a partir de sábado
JCnet/Angela Boldrini - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou ontem que postos de gasolina que não baixarem o preço do óleo diesel em R$ 0,46 a partir deste sábado serão multados em até R$ 9,4 milhões. 

Em entrevista coletiva, o ministro afirmou que os postos também poderão ter as atividades interrompidas temporariamente, serem interditados ou até terem a licença cassada caso descumpram a determinação. 

Para acabar com a greve dos caminhoneiros, o governo prometeu uma redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, dado às refinarias. 

Para garantir que o desconto será aplicado aos postos, Padilha afirmou que será editada portaria do Ministério da Justiça, que fará a fiscalização e negociará com as distribuidoras de combustíveis.

A entrevista coletiva foi dada após reunião do grupo de crise do governo. Nesta quinta, se reuniram os ministros Eliseu Padilha, Sergio Etchegoyen (GSI), Carlos Marun (Segov), Rossielli Soares (Educação), o chefe do estado-maior, Almirante Ademir Sobrinho, e os secretários-executivos das pastas de Minas e Energia, Márcio Félix, e Saúde, Adeilson Cavalcante.  O presidente Michel Temer não participou da reunião no Palácio do Planalto.

DISTRIBUIDORAS SE REÚNEM HOJE

As distribuidoras de combustíveis convocaram para hoje uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para discutir a redução de R$ 0,46 nos preços do óleo diesel nas bombas. Leonardo Gadotti, presidente da Plural, entidade que reúne a BR (da Petrobras), Raízen (joint venture entre Cosan e Shell) e Ipiranga (do Grupo Ultra), disse que não há como o desconto ser integral e teme que os critérios de fiscalização anunciados pelo governo podem "provocar uma guerra" nos postos.

Nos cálculos da Plural, a redução direta nas bombas seria de R$ 0,41, uma vez que o governo não colocou na conta os 10% de mistura de biodiesel que são misturados ao diesel. O argumento da entidade é que o biodiesel não teve os impostos reduzidos.

Outra preocupação das distribuidoras é sobre como a fiscalização para o cumprimento da redução de preços nas bombas vai ser conduzida. "Isto pode criar uma guerra em postos de estradas, provocar um caos, sobretudo em regiões que concentram produção agrícola."

Zero de mobilização

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que já ao meio-dia de ontem não havia nenhum ponto de aglomeração de pessoas e veículos em áreas próximas às rodovias federais. O fluxo de veículos era normal. Pela amanhã, a polícia ainda registrava nove pontos, em Santa Catarina (6), Rio Grande do Sul (2) e Ceará (1). 

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