Quando eleitores respondem livremente, sem olhar listas de possíveis candidatos antes, o deputado se sai melhor
Lula e Bolsonaro (Jefferson Coppola/Dedoc e Cristiano Mariz/VEJA.com)
O nome do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) ultrapassou pela primeira vez o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na pesquisa espontânea do instituto Datafolha, divulgada neste domingo.
Neste tipo de levantamento, em que os entrevistados indicam suas intenções de voto sem ver nenhuma lista de candidatos, Bolsonaro tem 12% enquanto Lula soma 10%.
Na pesquisa anterior, feita entre 11 e 13 de abril, logo após a prisão de Lula, o petista alcançava 13% das respostas espontâneas — Bolsonaro tinha 11%. Essa diferença já foi de nove pontos percentuais em setembro de 2017, quando o petista tinha 18% e o deputado, 9%.
A maioria, entretanto, é de indecisos (46%); em branco, nulo ou nenhum somam 23% das respostas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Condenado em segunda instância na Operação Lava Jato, Lula está tecnicamente impedido de disputar a eleição, segundo o atual entendimento da Lei da Ficha Limpa.
Pesquisa estimulada
Nos cenários estimulados, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disputariam uma vaga para enfrentar Bolsonaro no segundo turno.
Tanto Marina Silva quanto Ciro Gomes ganhariam de Bolsonaro em um eventual segundo turno. Entre os dois nomes da esquerda, no entanto, apenas Marina tem vantagem superior à margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Por não concordar com os resultados, Bolsonaro fez um vídeo criticando a pesquisa.
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