Além da obra no Huerb, Hospital de Brasileia pode sofrer com a falta de recursos para construção
Astorige Carneiro - Depois da portaria anunciando que o governo do Acre irá devolver cerca de R$ 1,5 milhão para o Ministério da Saúde, o atraso no serviço prejudica mais obras da saúde pública no Acre.
Dessa vez, a situação envolve os recursos do novo Hospital de Brasileia e do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), cujas obras estão paradas há anos.
O presidente em exercício do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Murilo Batista, informou que, por diversas vezes, os representantes da entidade cobraram respostas do governo do Estado, porém não tiveram o devido encaminhamento.
“O Sindicato cobrou e a população cobrou, mas até o momento existem apenas promessas e muita propaganda. Não queremos esperar que os prazos se esgotem para realizar críticas. Estamos cobrando antes que o Ministério da Saúde peça a devolução dos recursos”, afirmou o sindicalista.
Atraso de seis anos prejudica estrutura do Huerb. Foto: Reprodução
OBRAS DO HUERB
A obra do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, que teve os custos de construção orçados em R$ 20 milhões, deveria ter sido entregue em 2012 – ou seja, passa por um atraso de seis anos na conclusão. Até o momento, o prédio não foi disponibilizado para a população.
“Daqui a pouco, o Huerb deverá passar por uma reforma e sequer foi entregue, demonstrando que, além do descaso com a saúde pública, existe uma falta de zelo com o dinheiro que deveria servir para melhorar o atendimento para a população”, protestou o presidente do Sindmed-AC.
HOSPITAL DE BRASILEIA
Com um orçamento superior a R$ 50 milhões, o novo Hospital de Brasileia deveria ter sido entregue em 2014 – um atraso de quatro anos.
Um dos motivos para o atraso na finalização da obra, de acordo com o governo do Acre, teria sido a enchente de 2015. “O antigo hospital está caindo aos pedaços. Os médicos sofrem e fazem o possível para oferecer o mínimo aos pacientes, mas não há equipamentos nem medicamentos suficientes. É revoltante ver o sistema público de saúde se desintegrar nas mãos de gestores incompetentes”, alertou Murilo Batista.
DEVOLUÇÃO DE RECURSOS
“Se o Ministério da Saúde já cobrou a devolução de recursos de uma obra, outras podem ter o mesmo fim, o que preocupa a diretoria do Sindmed-AC, pois todos os dias morrem pessoas por falta de atendimento, por falta de estrutura, falta de medicamentos”, reclamou o sindicalista.
Com informações da Ascom/Sindmed-AC
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