16 de jun. de 2021

FAB coloca incremento da atividade espacial como meta para os próximos anos

O novo comandante da Aeronáutica publicou a Diretriz do Comandante 2021-2022, onde evidencia sua visão e as principais orientações para seus comandados

O tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, que assumiu o cargo de comandante da Aeronáutica no dia 12 de abril deste ano, publicou a Diretriz do Comandante 2021-2022. Nela, destaca o incremento da atividade espacial como um dos setores estratégicos para a missão da Força Aérea Brasileira. De acordo com o documento, os serviços espaciais tornaram-se essenciais e estão presentes na rotina da sociedade, tornando-se fundamentais, também, para o desempenho de nossas Forças Armadas.

O segmento de acesso ao espaço recebeu muito destaque. “Há que se potencializar a implantação e o desenvolvimento do Centro Espacial de Alcântara (CEA), o qual possibilitará que empresas nacionais e internacionais realizem lançamentos espaciais a partir do território nacional. O CEA reafirma o compromisso da FAB com o desenvolvimento do Brasil, impulsionando o Programa Espacial Brasileiro, alavancando a BID e estimulando o desenvolvimento socioeconômico regional e nacional”, diz o comandante, deixando claro que está confiante que o Centro seja autossustentável a longo prazo.

“Vale lembrar que essa busca da capacidade de autossustentação, em termos de financiamento, tem o potencial, inclusive, de transbordar para outras temáticas transversais à conjuntura do CEA”, afirma o tenente-brigadeiro do ar Baptista Junior. Os recursos arrecadados podem, inclusive, ser reinvestidos no incremento da resiliência energética sustentável do próprio Centro. Cabe à Força Aérea participar de modelos apurados e seguros de exploração, além de assessorar o processo decisório no bojo do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB), criado em 2018.

As ações de parceira serão incentivadas. “Incentivo o EMAER, o DCTA e o COMAE a perseguirem parcerias com órgãos correlatos na esfera federal, bem como a buscarem modelos de gestão que tornem as operações e os investimentos necessários às atividades espaciais menos dependentes do orçamento da União e explorem o potencial comercial do CEA, dentro das normas existentes ou a serem propostas”, fala.

A Agência Espacial Brasileira (AEB), que atua junto ao COMAER, à Defesa e a outros ministérios e agências, em prol de viabilizar o atendimento de demandas nacionais, inclusive com sistemas duais, enxerga como muito oportuna a prioridade atribuída ao Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) e às atividades espaciais como um todo. O presidente da AEB, Carlos Moura, declara: "sentimo-nos mais fortes e confiantes ao constatar, nas diretrizes do comandante da Aeronáutica, a visão clara, atualizada e com entusiasmo para com o Programa Espacial Brasileiro. Trata-se de ferramenta de integração, de infraestrutura nacional crítica. Constitui-se em vetor de desenvolvimento, assim como em ativo essencial para a defesa da Pátria. Sigamos juntos e irmanados, como enfatizou o tenente-brigadeiro do ar Baptista Junior!".

PESE

Citado no capítulo "O incremento da atividade espacial", o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) é um programa criado para atender às necessidades estratégicas das Forças Armadas e da sociedade brasileira. Compõe-se de frotas de satélites de órbita baixa e de órbita geoestacionária – que contemplam estações terrestres de controle, recepção e processamento de dados – para fornecer serviços de observação terrestre, telecomunicações, mapeamento de informações, posicionamento, monitoramento do espaço e um centro de operação de sistemas espaciais.

O PESE nasceu em uma estratégica concepção de emprego dual, ou seja, atender às demandas civis e militares com constelações de satélites ópticos, de comunicação, de sensoriamento remoto, meteorológicos, dentre outras aplicações.

No escopo do PESE, a FAB opera o Centro de Operações Espaciais (COPE), que controla o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Também provê informações de sensoriamento remoto espacial às Forças Armadas e aos órgãos governamentais, em prol das operações militares, da segurança pública, em apoio aos órgãos de controle do meio ambiente e de desastres naturais, entre outros.

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