7 de ago. de 2012

PRF "NÃO EXISTE" NAS ESTRADAS FEDERAIS DO ACRE



Assem Neto, Da Tv Gazeta  - Neste Feriado, uma situação vexatória revelou a realidade interna da Polícia Rodoviária Federal. Apenas quatro agentes – dois na capital e dois em Xapuri – estavam escalados para cobrir ocorrências nos 1.600 quilômetros sob a jurisdição da PRF no estado.  Os patrulheiros são doutrinados a atender aos chamados sempre em dupla, mas esta regra não pôde ser cumprida, já que os postos fiscais não podem ficar sozinhos. “Há uma sensação de fragilidade. Nos sentimos tão desprotegidos quando as estradas federais”, disse um agente cuja identidade ele pediu para não ser revelada. As tocaias contra os policiais são mais comuns em trechos com grande movimentação de cargas.

 “Nós sabemos que estão passando a todo instante drogas, carros roubados ou clonados e cigarros contrabandeados. Os crimes acontecem, isso é fato. Mas as nossas limitações também são reais”, afirmou. Dos 35 patrulheiros lotados no estado, apenas 20 estão aptos atender as ocorrências. O restante está em licença médica, licença política, em férias ou lotado em seções administrativas.

A comunicação entre os militares também está parada desde que o rádio apresentou problemas, há vários dias. O reduzido efetivo ainda tem obrigação de atender o acesso a Boca do Acre, no Amazonas, e todo tipo de ocorrência até a Balsa sobre o Rio Madeira, já em terras rondonienses.

A Polícia Rodoviária Federal no Acre sempre esteve vinculada a Rondônia , um tipo de absurdo tratado como desrespeito. O estado faz fronteira com dois países andinos - um deles, o Peru, desde 2010 o maior produtor de cocaína do mundo – e ainda ostentamos o título de principal porta de entrada de drogas no Brasil. Esta nota negativa, afirmam os agentes, piora a cada dia. Ao menos 250 novos agentes seriam necessários para dar segurança nas BRs 364 e 317.

A deputada Perpétua Almeida foi ao ministro da Justiça, na última semana. Recontou o dilema da PRF no Acre, refez o apelo e espera providências. Só existe uma saída, entende ela: “desvincular o escritório do Acre à superintendência de Rondônia, dar aos nossos agentes autonomia administrativa e financeira e criar novas vagas. Sem isso, a proposta de desenvolvimento regional e intercâmbio internacional com Peru e Bolívia estarão ameaçados”, afirmou.

O superintendente da PRF para Acre e Rondônia, Hélio Cardoso, disse que já existe um planejamento interno aprovado e levado ao conhecimento do governo federal. “Esta inquietação de vocês acreanos também é nossa. Todos os estudos indicam que há, de fato, uma necessidade urgente, de expandir as bases da PRF no Acre. No entanto, qualquer decisão neste sentido deve partir de Brasília”, informou.
Nota do Blog: Meu caro leitor, está explicado do porque da entrada de tanta droga no município. 'A coisa' está solta.

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