Estadão Conteúdo

Na decisão em que autorizou a busca e apreensão no imóvel que seria o ‘bunker’ do dinheiro de Geddel Vieira Lima, o juiz Vallisney de Souza Oliveira destaca que a Polícia Federal foi informada sobre a existência do local por meio de uma ligação telefônica.
A busca no imóvel foi alvo da nova fase da operação Cui Bonno?, batizada de Tesouro Perdido. Na Cui Bonno? Geddel é investigado em razão de sua atuação enquanto vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal. Na busca foram encontradas caixas e malas contendo grande quantidade de dinheiro vivo.
“De fato, as mencionadas informações policiais dão conta que o Núcleo de Inteligência da Polícia Federal teria tecido uma notícia por meio telefônico, no dia 14/07/2017, asseverando que no último semestre um apartamento do 2º andar do edifício José da Silva Azi estaria sendo utilizado por Geddel Vieira Lima para guardar caixas de documento”, explica o despacho do juiz federal.
Após a informação dada por telefone, a PF fez um trabalho de pesquisa de campo com moradores do prédio que confirmou que “uma pessoa teria feito uso do aludido imóvel para guardar pertences do pai”. O trabalho de investigação na PF é conduzido pelo delegado Marlon Cajado.
Ainda em seu despacho, o juiz federal aponta que “há fundadas razões de que no supracitado imóvel existam elementos probatórios da prática dos crimes relacionados na manipulação de crédito e recursos realizada na Caixa”.
Geddel foi preso em julho acusado de participar de esquema ilegal de liberação de recursos na Caixa. Ele foi vice-presidente do banco durante a gestão Dilma Rousseff. No governo Temer, Geddel foi ministro da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio com o Congresso, pela distribuição de cargos e de emendas parlamentares. Desde 12 de julho, o ex-ministro está em prisão domiciliar sem o uso de tornozeleira eletrônica por ordem do desembargador Ney Bello. Filiado ao PMDB, Geddel é próximo ao presidente Temer.
O ex-ministro foi citado nas delações do empresário Joesley Batista e do operador financeiro Lúcio Funaro.
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