21 de nov. de 2018

Otimismo de empresas brasileiras atinge o maior nível desde 2014


Mercado prevê estabilidade de câmbio, econômica e política por causa da eleição de Bolsonaro à Presidência, indica relatório da consultoria ISD Markit

Jair Bolsonaro foi eleito no final de outubro/Tércio Teixeira/Folhapress

Giuliana Saringer - As empresas brasileiras estão mais otimistas com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) e o fim das incertezas eleitorais. É o que mostra um relatório, divulgado nesta segunda-feira (19), pela consultoria IHS Markit, especializada em análises críticas e soluções para companhias e mercados mundiais.

Em junho, aponta o levantamento, 44% das companhias se diziam otimistas pela melhora do mercado, enquanto que, em outubro, a taxa alcançou 67% — o maior indicador desde junho de 2014, portanto, há mais de 4 anos.

A confiança das empresas foi impulsionada pela eleição de Bolsonaro. O mercado brasileiro, indica a pesquisa da IHS Markit, prevê que o novo presidente trará estabilidade econômica, política e de câmbio. 

As empresas preveem bons investimentos, oportunidades de exportação, criação de emprego, redução de impostos e ajustes em políticas vigentes. 

A economista da IHS Markit Pollyanna de Lima afirma que o país registrou o maior nível de confiança nos negócios, investimentos, lucros e emprego. Para ela, em todos os casos o sentimento é de melhora, refletindo o fim das preocupações políticas e econômicas envolvidas na corrida presidencial.

"É particularmente encorajador ver as intenções de contratação se fortalecendo a uma alta de seis anos, oferecendo alguma esperança que o alto número de desempregados pode começar a cair", afirma. 

O Brasil tem 12,5 milhões de desempregados, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  

Metodologia 

O relatório foi realizado com 12.000 fabricantes e prestadores de serviços, que foram perguntados sobre suas impressões para o futuro dos negócios no Brasil. A pesquisa é realizada de três em três meses e os dados são coletados nos meses de fevereiro, junho e outubro. 

O relatório divulgado nesta segunda foi realizado entre os dias 12 e 26 de outubro deste ano.

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