Biografia do Patriarca da Independência José Bonifácio
ebiografia/Dilva Frazão - José Bonifácio foi o Patriarca da Independência. Lutou como soldado contra as tropas de Napoleão. Foi secretário da Academia de Ciências de Lisboa, foi vice-presidente da província de São Paulo e Ministro do Príncipe Regente D. Pedro.
José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) nasceu em Santos, São Paulo, no dia 13 de Junho de 1763. Filho de Bonifácio José Ribeiro de Andrada com sua prima Maria Barbara da Silva. Terminou seus estudos preliminares com 14 anos de idade, sendo levado para São Paulo, onde estudou francês, lógica, retórica e metafísica, com o Bispo Manuel da Ressurreição. Concluído os estudos, foi para o Rio de Janeiro, de onde seguiu para Portugal. No dia 30 de outubro de 1783 matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra. Estuda também filosofia, história, química e matemática.
Em 1789, José Bonifácio já formado, foi convidado pelo Duque de Lafões, primo da rainha D. Maria I, para fazer parte da Academia de Ciências. Seu primeiro trabalho foi "Memórias sobre a Pesca das Baleias e Extração de seu Azeite". No fim do século XVIII, com a queda da produção das minas de ouro no Brasil, por determinação da coroa, José Bonifácio é escolhido para percorrer a Europa com o objetivo de adquirir conhecimentos de mineralogia, filosofia e história natural.
Estudou e estagiou em diversos países, mas foi na Suécia que sua carreira de mineralogista brilhou, ao descobrir e descrever doze novos minerais. Tornou-se membro de academias científicas em diversos países. A viagem durou 10 anos. Em 1800, volta para Portugal, casa-se com Emília O'Leary, de ascendência Irlandesa. Foi nomeado Intendente Geral das Minas, e condecorado em 1802 pela Universidade de Coimbra, com o título de “Doutor em Filosofia Natural”.
Com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão e com a ida da família Real para o Brasil, teve início um movimento clandestino de libertação. José Bonifácio lutou com os invasores, chegando ao posto de tenente-coronel. Em 1819, após 36 anos, volta ao Brasil e é designado para presidir a eleição constituinte na província de São Paulo. Quando D. Pedro assumiu a regência, o nomeou para Ministro de Reino e de Estrangeiros.
Em apenas nove meses de Ministério, José Bonifácio conseguiu aplainar o caminho da independência. A proclamação ocorreu como planejara. Dois meses depois, em decorrência de desentendimentos Bonifácio pede demissão. Em 30 de outubro D. Pedro chama-o de volta e no dia 1 de dezembro de 1822, D. Pedro é coroado.
A Assembleia Constituinte iniciou seus trabalhos, mas Bonifácio não confiava nela, por outro lado seu plano pela abolição da escravatura desagradava os fazendeiros. Bonifácio seria vítima da contradição. Liberal na administração não o era na política. A Marquesa de Santos intrigava-o com o imperador. Os conflitos políticos o levaram ao exílio no sul da França.
Em 1824, D. Pedro declarou-o inocente. Em julho de 1829, de volta ao País é nomeado tutor dos filhos do imperador, depois que esse foi obrigado a abdicar. Em 1832 foi acusado de conspirador e o futuro Pedro II, foi tirado de seus cuidados.
José Bonifácio permaneceu preso em sua casa na ilha de Paquetá. Morreu no dia 6 de abril de 1838.
Dilva Frazão Possui bacharelado em Biblioteconomia pela UFPE e é professora do ensino fundamental. Desde 2008 trabalha na redação e revisão de conteúdos educativos para a web.
Dilva Frazão Possui bacharelado em Biblioteconomia pela UFPE e é professora do ensino fundamental. Desde 2008 trabalha na redação e revisão de conteúdos educativos para a web.
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