Guilherme Wiltgen - Três barcos iranianos tentado apreender um petroleiro britânico no Estreito de Ormuz, mas retiraram-se após serem advertidos pela fragata HMS Montrose (F 236), confirmou o MoD (Ministério da Defesa britânico), mas que foi desmentido por Teerã.
O episódio levou o governo a admitir em comunicado que o Reino Unido estava “preocupado” e a pediu para “reduzir a tensão na região”: “O HMS Montrose foi forçado a posicionar-se entre as embarcações iranianas e o navio “British Heritage” e emitir advertências às embarcações iranianos, que então se afastaram. Estamos preocupados com esta ação e continuamos a solicitar às autoridades iranianas que reduzam a tensão na região”, disse o governo britânico em um comunicado.
Segundo esse mesmo comunicado, teria sido violado as normas “do direito internacional, quando três navios iranianos tentaram impedir a passagem de um navio mercante, o “British Heritage”, através do Estreito de Ormuz”. O número de navios iranianos envolvidos foi atualizado, já que as autoridades americanas tinham contabilizado cinco navios, e não três nas primeiras declarações dos militares dos Estados Unidos.
Entretanto, a Guarda Revolucionária do Irã negou nesta quinta-feira ter tentado impedir que o petroleiro britânico cruzasse o estreito de Ormuz, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícias Sepah News. “Não houve qualquer confronto com navios estrangeiros, incluindo britânicos, nas últimas 24 horas”, garante o Irã.
Na versão norte-americana do episódio, “a HMS Montrose, que também estava lá, apontou as suas armas para os barcos e advertiram-nos pelo rádio, momento em que se dispersaram”: “Foi uma tentativa de interferir com a passagem”, acusaram os oficiais norte-americanos.
A HMS Montrose está protegendo os navios britânicos no Estreito de Ormuz porque os iranianos tinham ameaçado apreender embarcações britânicas naquela região depois de os Royal Marines (fuzileiros da Marinha do Reino Unido) terem apreendido um navio-tanque do Irã em Gibraltar. A apreensão aconteceu por suspeitas de que esse navio-tanque levava petróleo para a Síria, um transporte que viola as sanções da União Europeia.
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