Taxa acumulada em 12 meses subiu a 4,24%, também superando as projeções do agentes financeiros
Lucas Andrade - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta sexta-feira (25) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) ficou em 0,28% em agosto, após a deflação de 0,07% observada em julho.
O resultado ficou acima das estimativas dos agentes financeiros, que esperavam um índice de 0,16%.
Já no acumulado em 12 meses, a taxa da prévia da inflação oficial brasileira avançou a 4,24% – ante 3,19% da leitura do mês anterior.
O mercado projetava uma aceleração a 4,12%.
O que puxou a alta do IPCA-15?
Conforme o IBGE, com contribuição de 0,16 ponto percentual no resultado do mês, a maior influência foi do grupo habitação (1,08%), seguido por saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%), que exerceram impacto no índice geral de de 0,11 p.p. e 0,04 p.p., respectivamente.
Em habitação, o maior impacto veio da alta da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 p.p.), influenciada principalmente pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.
A alta em saúde e cuidados pessoais, indica o IBGE, deve-se aos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) voltaram a subira, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente.
Já em educação, os cursos regulares avançaram 0,74% principalmente por conta dos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%).
Mais alívio nos preços dos alimentos
No lado das quedas, a deflação de 0,65% do grupo alimentação e bebidas foi puxada pelo preços da alimentação no domicílio (-0,99%).
Destacam-se as baixas da batata-inglesa (-12,68%), do tomate (-5,60%), do frango em pedaços (-3,66%), do leite longa vida (-2,40%) e das carnes (-1,44%). No lado das altas, as frutas (1,42%) subiram de preço.
A alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), em virtude da desaceleração do lanche (1,02% em julho para 0,14% em agosto).
Passagens aéreas mais baratas
Por fim, o grupo transportes teve variação de 0,23% em agosto. O resultado foi influenciado pela alta nos preços do automóvel novo (2,94%).
Nos combustíveis (0,46%), houve alta nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%) e quedas no óleo diesel (-0,81%) e etanol (-2,55%).
A prévia da inflação também mostrou a queda de 11,36% nos preços das passagens aéreas, que haviam subido 4,70% em julho.
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