Apenas em junho de 2023, a queda do número de clientes ativos da Americanas foi de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado
Igo Estrela/Metrópoles
Fábio Matos - Em recuperação judicial e passando pela maior crise de sua história, a Americanas fechou 52 lojas entre janeiro e junho deste ano. Os dados constam do relatório mensal de atividades da varejista, divulgado pelos administradores judiciais.
Entre janeiro e maio deste ano, a Americanas havia fechado 38 lojas.
Segundo o documento, o total de clientes ativos da Americanas despencou 11,1% nos seis primeiros meses de 2023. Apenas em junho, a queda foi de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
No fim de junho de 2023, a Americanas contava com 1.830 lojas em funcionamento.
Dívida
Ainda de acordo com o relatório da companhia, a dívida da Americanas, em junho, era de R$ 20,613 bilhões. Os dados não consideram o endividamento bancário.
O caixa disponível da empresa, no fim de junho, era de R$ 1,464 bilhão – 28% a menos do que o saldo registrado no mesmo período de 2022.
O prazo médio dos produtos em estoque era de 122 dias, o que corresponde a uma redução de 22,2% em relação a janeiro deste ano.
O prazo médio de recebimento dos clientes foi de 37 dias em junho, queda de 17,23%, na comparação com janeiro.
Crise na Americanas
Em janeiro deste ano, veio à tona um rombo contábil bilionário nos balanços da empresa, hoje estimado em R$ 25 bilhões. Recentemente, a nova direção da Americanas passou a se referir ao episódio como “fraude”.
A companhia está em recuperação judicial e negocia um plano de pagamento a credores – muitos dos quais insatisfeitos com os termos apresentados.
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