28 de set. de 2023

O Agro brasileiro e principalmente o nortista passa por momentos preocupantes

Alguns pecuaristas mal estão conseguindo sanar suas dívidas. Sofrem com a desvalorização do boi gordo


Gado com melhoramento genético - Investimento caro tanto pra quem vende, como pra quem compra


Por Reginaldo Palazzo - Conversei sobre vários assuntos com empresários do ramo agropecuário, na IV edição do Tarauacá Rural Show.

Foram empresários de Rondônia a Cruzeiro do Sul e todos foram unânimes em afirmar que a única coisa que o agro precisa fazer apesar de todas as dificuldades é continuar trabalhando como sempre trabalhou.

Essa resposta foi em virtude de uma pergunta minha sobre as nuvens negras que despontam no horizonte político contra o setor.


“O agro é mais forte que tudo que joga contra, já provamos outras vezes e iremos provar novamente”. Disse um dos expositores. 


Antes da pandemia a perspectiva para o agro era muito boa, e isso se refletia na economia acreana, pois ao contrário do que muita gente pensa o Agro é o setor a que mais gera renda para o estado com milhares de empregos diretos em indiretos.

O problema da pandemia pelo Covid-19 é que os insumos para o pecuarista aumentaram vertiginosamente o que causou até hoje uma discrepância nas contas do produtor, haja vista os valores dos insumos não retornarem a valores pré-pandemia, com o preço da arrouba ficando muito aquém de cifras toleráveis não dando se quer para alguns sanar suas dívidas.


“Os que estão um pouco mais equilibrado no agro só está dando para manter os negócios, imaginem os que contraíram dívidas?”. Disse um dos empresários.



Desindustrializado


O pátio de fábrica no Acre é do tamanho do Estado, pequeno, e quando existe industria muitas são ligadas ao agro. Então é natural que o Agronegócio assuma a liderança, com tendência a aumentar, haja vista, a completa falta de investimentos na ciência e tecnologia em todas as esferas de governo.

Não vejo como o jovem possa ficar independente financeiramente indo para trás de um balcão.

Não vejo também, professores ganhando mais apenas dando aula ao invés de mostrar todo seu potencial em pesquisa e desenvolvimento.


Agravante


Pela frente temos Marina Silva comandando a pasta do Meio Ambiente, engessando a economia cada vez mais, e pior, encarecendo os produtos principalmente da cesta básica para os comerciantes de Manaus, pois ela conseguiu com Lula que se tirasse do tal do PAC 3 a BR-319, BR que liga Porto Velho à Manaus e que não tendo a atenção merecida deve fechar em alguns anos.


Barreiras e Bandeiras 


Tá tudo errado!

Com essas barreiras e bandeiras ambientalistas que só beneficiam o ocidente, leia-se Europa e USA, o agronegócio brasileiro vai ficando estrangulado.

Detentor de ¼ do PIB, ou seja, em torno de 25%, o agronegócio brasileiro emprega mais de 28 milhões de cidadãos brasileiros que sustentam suas famílias.

Em termos de comparação para o leitor ter o mínimo da importância do agronegócio hoje a base industrial de defesa, em conjunto com a área de segurança emprega somente 2,9 milhões de pessoas direta e indiretamente.

Gestores que estão por trás das decisões precisam colocar urgentemente a mão na consciência e deliberar sobre o que fazer para a “barreira”, ou melhor, a boiada não estourar, caso contrário o prejuízo social vai ser bem maior.



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