Por Carlos Ferreira - O Grupo Lufthansa não poderá mais afirmar em suas propagandas que os passageiros podem “compensar” suas emissões de CO2, uma decisão proferida por um tribunal em Colônia na segunda-feira. O tribunal considerou que essa afirmação é “enganosa”. A ação judicial contra a companhia foi movida pelo clube ambiental Deutsche Umwelthilfe.
Em suas campanhas publicitárias, a Lufthansa afirmava que as emissões poderiam ser compensadas por meio de contribuições financeiras para projetos que prometeriam “reduzir ou remover emissões da atmosfera no futuro“. No entanto, a empresa não conseguiu apresentar evidências concretas para demonstrar a eficácia dessa compensação.
O Deutsche Umwelthilfe declarou que a decisão judicial é “uma das mais claras e importantes” já tomadas em relação à “propaganda enganosa e greenwashing”.
A prática de greenwashing, que envolve a promoção exagerada de ações ecológicas para melhorar a imagem da empresa, é alvo de crescente escrutínio na Europa, especialmente entre as empresas do setor aéreo que enfrentam pressão para reduzir seu impacto ambiental.
Em resposta à decisão, a Lufthansa informou que está avaliando o veredito, que ainda pode ser objeto de recursos.
A sentença lembra da crescente demanda por transparência e responsabilidade ambiental das empresas, à medida que consumidores e reguladores se tornam cada vez mais conscientes e críticos em relação às reivindicações sustentáveis no mercado.
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