Por Wanglézio Braga - Em entrevista ao Portal Acre Mais, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, voltou a reafirmar seu compromisso em transformar o setor agrícola do Acre, apostando em três pilares que marcaram a história econômica de estados do Sul e Sudeste: café, leite e arroz. Entusiasta declarado da cafeicultura, Bocalom relembrou sua própria trajetória no Paraná, onde cresceu em meio a lavouras de café, e garantiu que a valorização histórica do grão no mercado é uma oportunidade que o Acre não pode deixar passar.
Segundo o prefeito, a experiência adquirida ainda na década de 1990, quando distribuiu 300 mil mudas de café aos produtores de Acrelândia em seu primeiro mandato, é uma prova de que a insistência no cultivo do café pode render frutos duradouros. Hoje, Acrelândia é o maior produtor de café do estado, reflexo direto de políticas públicas que incentivaram o plantio ao longo de seus três mandatos no município.
Para Bocalom, o café tem potencial para ser uma das molas propulsoras da economia rural acreana, assim como foi em estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, conhecidos historicamente pelo ciclo do “café com leite”.
Mas o plano do prefeito vai além da cafeicultura. Ele defende que o leite pode garantir o sustento diário do pequeno produtor, enquanto o café serve para realizar os grandes sonhos, como ampliar propriedades e investir em infraestrutura rural. Além disso, Bocalom revelou que sua gestão já trabalha na criação de um campo de sementes de arroz dentro da Embrapa, visando garantir sementes adaptadas ao clima local para distribuir aos agricultores familiares a partir do próximo ano.
Com foco em fortalecer toda a cadeia produtiva, desde o preparo dos ramais até o beneficiamento e comercialização da produção, o prefeito promete uma revolução agrícola que, segundo ele, pode resgatar a dignidade do homem do campo e consolidar a agricultura familiar como base econômica de Rio Branco e do Acre. Se a promessa vai de fato se transformar em realidade ou se será apenas mais uma safra de discursos, o tempo e a colheita dirão.
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