13 de mar. de 2025

Panamá compra aviões Embraer Super Tucano, mas alega não ter intenção de combate


Por Carlos Martins - O Conselho de Gabinete do governo do Panamá anunciou a compra de quatro aeronaves modelo A-29 Super Tucano da Embraer.

A aquisição das aeronaves da Embraer foi feita por um total de $ 78 milhões de dólares, e foi feito junto do pedido de duas aeronaves C295 da Airbus, que terão um custo de $ 109 milhões de dólares.

Segundo o governo panamenho, as aeronaves serão destinadas ao Serviço Nacional Aeronaval, o Senan, como reporta o portal parceiro Aviacionline. Os quatro A-29 Super Tucano fornecerão capacidade de ataque leve para missões de contra-insurgência, vigilância aérea e apoio a operações terrestres, sendo essenciais para as zonas fronteiriças e marítimas.

Já os dois Airbus C295 aprimorarão o transporte tático – com capacidade para até 70 tropas ou 8 toneladas de carga – e a resposta a desastres naturais, fortalecendo a logística do Senan.

Após a notícia repercutir na imprensa, o Senan soltou uma nota esclarecendo que não pretende “recriar” a Força Aérea do Panamá, que nunca chegou a ter aviões de combate propriamente ditos. O Super Tucano inclusive será o primeiro avião feito para combate a ser utilizado pelo país da América Central.

Segundo o comunicado, o processo “somente tem como objetivo fortalecer a capacidade operativa do Estado em matéria de patrulhamento, resposta a emergências por desastres naturais e assistência humanitária.”

De acordo com o Senan, “não existe nenhum objetivo bélico ou de combate” nas especificações requeridas para a compra, que substituirá a frota atual composta por cerca de 14 aeronaves da década de 1980. Estas aeronaves, além de apresentarem desempenho defasado, impõem altos custos de manutenção ao Estado panamenho, que chegam a aproximadamente $ 10 milhões de dólares por ano.

O comunicado destaca ainda que “o número de países que operam a plataforma do A-29 Super Tucano cresce constantemente devido à sua combinação inigualável de características, que o convertem na opção mais rentável, acessível e versátil do mercado.” Esse modelo multimissão é capaz de desempenhar uma ampla variedade de funções, como “apoiar o apoio aéreo próximo, patrulhar o espaço aéreo, executar operações especiais, realizar interdição aérea, vigiar as fronteiras, efetuar reconhecimento, escoltar aeronaves e oferecer treinamento básico, operacional e avançado.”

O Senan enfatiza que “essas aeronaves não serão adquiridas para nenhum outro propósito que não seja garantir a segurança do espaço aéreo, terrestre e marinho de Panamá”, por meio de patrulhamento aéreo com uma capacidade de alcance sem precedentes para o país.

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