25 de ago. de 2025

BMVM: Pode melhorar a relação da política brasileira com a nossa Defesa? Uma entrevista com Aldo Rebelo

 


Participar do grande jogo geopolítico não é uma proposta simples ou inconsequente para qualquer país. Mas é claro que se um país ambiciona a passar a ser um player na mais alta roda é indispensável que ele apresente uma forte unidade interna: 

É preciso haver uma nítida unidade de visão, uma que, idealmente, seja também supra-partidária e independente de ideologia. 

Uma visão comum sobre as ameaças, as oportunidades e os desafios que se postam adiante do país, tende a ser o primeiro passo para conseguir estabelecer suas prioridades nacionais estratégicas. 

Já há algum tempo que o Brasil revelou abertamente suas grandes ambições nessa área ao propor seu nome para fazer parte de um novo e ampliado Conselho de Segurança da ONU. 

Infelizmente para nós, os atuais membros claramente não querem mais sócios neste importante condomínio do poder global. Ah, e tem um outro detalhe, todos eles são potências nucleares, nós não. 

Mas não dá para comparar o mindset do Brasil com EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e alguns outros países de destaque. 

Infelizmente sabotando estas grandes ambições do Brasil existe uma peculiaridade do nosso perfil geopolítico que é uma gritante separação que existe entre a classe política nacional e qualquer tema que seja conectado à Defesa Nacional. 

Existem várias causas para essa situação desde o Brasil existir na área pouco “quente” do planeta como estar numa área onde parece ser endêmica a falta de orçamentos para ser gasto com defesa militar. 

O mundo atual evidentemente caminha para um grau de instabilidade raramente vista nas últimas décadas. Há mesmo quem sugira que estamos nesse momento vivendo uma reprise da década de 1930.

Deveríamos, por previdentes, assim estar pensando com seriedade de como nos preparar para transpor estas potenciais grandes adversidades da melhor forma possível... 

Para entender e fazer uma melhor ideia de todas estas questões vamos receber para uma conversa franca e profunda com o ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo para entendermos sua percepção sobre como essa clivagem surgiu e o que podemos fazer para maximizar nossas possibilidades de assumir um assento à mesa das grandes decisões globais. 

Aldo Rebelo é um político experiente que circula pelas rodas mais influentes da política partidária e governamental desde a redemocratização, ou seja, é a pessoa certa para nos guiar nessa discussão.

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