O TARAUACAENSE DEVERIA COBRAR MAIS O CUIDADO COM OS RIOS, JÁ QUE ATÉ EM SUA BANDEIRA APARECEM COMO SE FOSSEM RECONHECIDOS COMO ALGO BENÉFICO E INDISPENSÁVEL
O leitor pode não ter percebido, mas eu não escrevo mais sobre as enchentes que estão ocorrendo em Tarauacá, o que já perfaz um total de 11 desde o início do inverno (temporada de chuva). O que se precisa falar é sobre o combate as enchentes, quais os planejamentos? O que estão fazendo contra? Como amenizá-las? Vai ser a curto, médio ou longo prazo? A sociedade e as vítimas precisam saber disso o mais rápido possível, e não ficar postando fotos das desgraças dos outros, que não adianta nada. Onde está o desenvolvimento sustentável? E o código florestal, influirá em todo esse processo?
Um dia esse rio já foi caudaloso - hoje está seco |
Se fosse uma ‘coisa nova’; ‘inédita’; inesperada; vá lá! Mas político ficar colocando a culpa na natureza não dá pra aceitar já que quando não se faz nada pra resolver o problema, é óbvio que vai acontecer novamente e com tendências a piorar no decorrer dos anos. A única coisa imediata que se pode e tem que fazer é ajudar os desalojados, quanto a isso, preparem-se para correr atrás de muito dinheiro ainda. Mas é verdade também que muitos desses desalojados construíram suas casas praticamente dentro dos rios. Não me interessa saber por qual motivo, mas que construíram, construíram!
É claro que são vários motivos que contribuíram pra se chegar ao patamar que estamos hoje, mas agora é tarde, agora não se pode só remediar, tem-se que encarar esse problema de uma vez por todas.
100 anos de peia (surra)
Escuto muitas coisas, como por exemplo, fulano e sicrano construíram em cima do igarapé, e agora não dá vazante, as ruas do povo isso, as ruas do povo aquilo, a estrada virou um dique, a ponte fez uma barreira e a água não consegue escoar. Onde estão os especialistas para provarem o que é certo e o que é errado? O que eu sei, com certeza, é que o assoreamento do rio, a retirada da “pausada”, o fator humano e sua falta de educação preponderante jogando garrafas Pets, papelão, sofá, fogão como se o coitado do rio tivesse obrigação de limpar a sujeira dele, sem contar o óbvio desmatamento da mata ciliar cooperando para a erosão e com a agravante também com suas serrarias ou marcenarias apontando suas máquinas para o rio absorver todo o pó de serra, arestas de madeiras, latas de selantes, verniz, tinta etc. estão contribuindo para matá-lo lentamente.
Gostaria de lembrar aos tarauacaenses que antigamente esses rios eram mais estreitos e fundos. No rio Tarauacá chegava até o seringal Alagoas(vide imagem abaixo), na divisa com o município de Jordão ‘navios’ de 120 toneladas, que nos faz imaginar o tamanho do calado que tinham.
Não calados, mas em outro sentido é claro, ficam alguns políticos metendo o ‘Remo’ no rio e consequentemente na pobre coitada da natureza, que na verdade não tem culpa de nada, muito pelo contrário.
Portanto, a partir de agora escreverei pra frente, pra trás não adianta mais. Se tiverem alguma novidade, por gentileza me avisem, porque se eu puder cooperar, eu coopero.
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