A ação aconteceu durante a noite e foi facilitada diante da completa escuridão onde a estrutura está localizada
Fábio Pontes - As últimas peças que restaram da Estrada de Ferro Madeira Mamoré vêm sendo alvo de criminosos em Porto Velho. Depois de terem ficado com parte de sua estrutura submersa por conta da cheia do rio Madeira em 2014, e não passar por nenhum trabalho de revitalização, a locomotiva agora vem tendo suas peças furtadas. O último caso aconteceu na quinta (16), quando uma peça de bronze pesando 20 quilos foi levada de uma das locomotivas.
A ação aconteceu durante a noite e foi facilitada diante da completa escuridão onde a estrutura está localizada
A ação aconteceu durante a noite e foi facilitada diante da completa escuridão onde a estrutura está localizada. O caso foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que pediu ajuda da Polícia Federal nas investigações. Construída no início do século passado, a Madeira Mamoré tem sua história ligada diretamente ao Acre.
A obra foi um acordo entre os governos do Brasil e da Bolívia para por fim ao impasse do conflito por parte do hoje território acreano, antes pertencente ao país vizinho. Além da ferrovia, em troca do Acre, os bolivianos exigiram o pagamento de dois mil contos de réis. A construção da estrada nunca foi concluída por conta das adversidades da Floresta Amazônica.
Ao longo das margens da BR-364 ainda é possível encontrar parte das estruturas das pontes da ferrovia, também atingidas pela enchente. Os mais importantes registros ainda estão em Porto Velho, mas por conta da falta de investimentos na manutenção e preservação do patrimônio histórico, a estrada de ferro sofre com o abandono e corre o risco de ser um registro apenas nos livros e na memória dos moradores da região.
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