Cena do tratamento filmado por ativistas (Foto: Reprodução/SBS)
Há 15 anos, a China removeu a homossexualidade da lista de doenças mentais. Ainda assim, clínicas do país asiático têm oferecido e utilizado terapia de choque e drogas como 'tratamento' para 'curar' homossexuais.
Segundo o Daily Mail, práticas como choque elétrico perto dos órgãos genitais e na cabeça são comuns nestes locais. O caso foi denunciado por ativistas chineses, que defendem os direitos LGBT, e irá ao ar em um programa na TV australiana.
Usando câmeras escondidas, o ativista John Shen foi até uma dessas clínicas, a "Tianjin Mental Health Hospital" (Tianjin, China), e passou pelo 'tratamento'. Cada sessão custa cerca de R$ 2 mil e, segundo os profissionais, apenas uma não basta.
Durante o 'tratamento', registrado em vídeo, uma psiquiatra explica que os choques são dados a fim de condicionar o indivíduo a evitar 'impulsos' e fazê-lo sentir medo.
Após denunciarem o sistema, que é ilegal, os ativistas estão recebendo ameaças e podem ser presos.
Falando ao programa, o psicoterapeuta Johnny Li afirmou que os danos causados pela terapia de choque podem ser permanentes. "Isso reforça sua falta de identidade própria e os sentimentos de rejeição... os danos podem ser de longo prazo ou mesmo durar uma vida", explica.
Assista ao vídeo:
O ativista John Shen após passar pelo procedimento (Foto: Reprodução/SBS)
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