'Alckmin disse horrores a respeito do Lula na campanha de 2006. Lula disse que Alckmin era corrupto', lembrou Augusto
Fábio Matos - O jantar de confraternização que reuniu grande parte da classe política de Brasília e indicou a possível formação de chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (que deixou o PSDB) também foi tema para o comentarista Augusto Nunes, colunista da Revista Oeste, no programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 20.
Assim como Guilherme Fiuza, que classificou o encontro como “um ajuntamento vergonhoso”, Augusto Nunes criticou a iminente união entre o petista e o agora ex-tucano.
“O Alckmin disse horrores a respeito do Lula na campanha de 2006. Lula disse que o Alckmin era corrupto”, lembrou Augusto. “Eles mentiram antes ou mentiram agora? Acho provável que os dois tenham falado a verdade, um sobre o outro”, completou.
Ainda segundo Augusto Nunes, “nas cidades do interior, quando alguém ultrapassa a fronteira do insulto, você rompe relações e não tem volta”. “É grave”, afirmou.
“Quero saber quem pagou o jantar. Se eles usaram o nosso dinheiro ou se usaram o dinheiro que ganham em outras áreas, sabe-se lá como”, concluiu.
Como noticiado por Oeste, durante um comício nas eleições de 2018, Alckmin afirmou: “Vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder, ou seja, quer voltar à cena do crime”. E ainda completou: “Será que os petistas merecem uma nova oportunidade?”.
Em jantar promovido pelo grupo de advogados Prerrogativas — simpatizante declarado de Lula e do PT —, o ex-governador paulista esteve reunido com o petista e deu mais um passo na direção da construção de chapa que reúna os dois para a disputa das eleições do ano que vem. Lula seria o cabeça de chapa e teria Alckmin, seu antigo adversário, como vice.
A estratégia envolve a filiação de Alckmin ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), que indicaria o candidato a vice na chapa liderada por Lula. Outra hipótese é o ex-governador de São Paulo se filiar ao Solidariedade. Ele também é cobiçado pelo PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab — mas, neste caso, a ideia da legenda é a candidatura de Alckmin ao governo do Estado.
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