23 de jul. de 2022

Série “Eu Astrônomo” completa um ano e homenageia astrônomos amadores

Categoria de observadores teve participação em importantes descobertas astronômicas ao longo da história


Nesta terça-feira (19), comemoramos o aniversário da série de postagens “Eu Astrônomo”, que teve sua estreia em nossas redes a exatamente um ano. Para celebrar esse momento, nada mais justo que falarmos sobre a importância dos astrônomos e astrônomas amadores, gente apaixonada que, mesmo sem formação profissional, dedica-se a explorar o universo e seus fenômenos.

Os astrônomos amadores observam o céu com seus próprios instrumentos, em observatórios às vezes construídos em suas casas ou por clubes de astronomia. Alguns contam com telescópios potentes, instrumentação com sensores digitais e software especializado. Todos participam ativamente das observações e fazem as próprias análises e descobertas, contribuindo, assim, para o crescimento do conhecimento astronômico, ao lado dos astrônomos profissionais.

No decorrer dos anos, pesquisas importantes da astronomia tiveram origem nessas descobertas, despertando assim a curiosidade do grande público e o surgimento de comunidades amadoras.

Atualmente, essas comunidades existem em todo o mundo, promovendo eventos que permitem que um grande número de pessoas tenha o primeiro contato com a Astronomia. Dessa forma, promovem a divulgação científica à população global.

Para o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, é muito importante estar próximo da comunidade de astrônomos, sejam profissionais ou amadores. “É extremamente enriquecedor, pois abre amplas perspectivas de cativarmos cada vez mais a população brasileira para as atividades espaciais. Em especial, nesse momento que tivemos as primeiras imagens do Telescópio James Webb e que também vamos comemorar o aniversário da chegada do homem à lua, nós ficamos felizes de completar um ano dessa iniciativa da AEB”, comemora.

O termo "amador" não é sinônimo de quem sabe pouco ou de alguém que não deve ser levado a sério. O "amadorismo”, nesse contexto, significa que o astrônomo apenas adquiriu seu conhecimento por outros meios que não o acadêmico, independentemente da idade.

“Temos certeza que o campo dos astrônomos amadores vai crescer e contribuir cada vez mais para as atividades espaciais no Brasil. Um exemplo disso são as nossas investidas em Consciência Situacional Espacial (SSA), atividade essa que nós pretendemos que seja desenvolvida em conjunto com os profissionais e os amadores na atividade de astronomia”, explica Carlos Moura, presidente da AEB.

Vários astrônomos e astrônomas amadores se destacaram ao longo da história, dentre os quais Percival Lowell, autor das primeiras pesquisas que levaram ao descobrimento de Plutão, Miro Latansio, brasileiro que recentemente, com apenas 5 anos de idade, foi reconhecido como a pessoa mais jovem a descobrir asteroides, Eduardo Pimentel, do Observatório SONEAR (Oliveira, MG) que descobriu o primeiro cometa brasileiro (P/2020 G1) com base em imagens obtidas pelo colega Cristóvão Jacques e Nicole Oliveira – a Nicolinha – de 8 anos, a astrônoma amadora mais jovem do mundo por ter descoberto 12 asteroides.

Com informações do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA)

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